Crédito habitação: taxa variável mais cara do que taxa fixa

Cenário inédito ao longo dos últimos 10 anos (ou mais). Mesmo assim, poucos portugueses preferem taxa fixa.

É mais uma consequência dos recentes recordes das Euribor, as taxas de juro referência na Europa, que têm atingido picos desde o ano passado por causa da guerra na Ucrânia.

Pela primeira vez nos últimos 10 anos (ou mais), a taxa variável no crédito à habitação custa mais do que a taxa fixa.

Ou seja, em Portugal, pedir um empréstimo ao banco para comprar casa com taxa variável já custa mais do que com taxa fixa.

Essa ultrapassagem nos números ocorreu em Maio, mostram as contas do Banco de Portugal citadas no Eco.

A diferença foi mínima mas verificou-se: em Maio, nos novos contratos de empréstimo para habitação própria e permanente, a taxa fixa registou uma média de 4,19%, enquanto a taxa variável média foi 4,2% (a percentagem mais alta ao longo dos últimos 11 anos).

Porque isto é importante? Cerca de 90% dos empréstimos para comprar casa, em Portugal, são baseados em taxa variável.

Mesmo assim, a tendência não é de viragem. Os interessados em comprar casa não estão a virar-se mais para a taxa fixa: em Maio, só 7% dos novos empréstimos foram acordados com percentagem fixa. 73% optaram pela variável e a taxa mista reuniu as preferências em 20% dos novos contratos.

Há um motivo para se preferir a taxa variável: continua-se a acreditar que os juros vão descer em breve – embora esse cenário dificilmente se concretize nos próximos meses. Provavelmente, e se acontecer, será em 2024.

ZAP //

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