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Creches vão poder funcionar à noite e ao fim-de-semana

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As creches passam a poder funcionar a tempo inteiro. O objetivo do Governo é “melhorar a conciliação entre trabalho, vida pessoal e familiar”. Seis mil novas vagas ainda em 2023.

Mais duas crianças por sala, converter espaços sem licenciamento, criar creches em universidades, hospitais ou empresas e em “construções modulares” – são as medidas do Governo, citadas pelo Jornal de Notícias, para aumentar as vagas nas creches.

Mas hoje a grande novidade é a portaria que entrou em vigor, esta quinta-feira, que prevê que as creches possam funcionar “em permanência, incluindo período noturno e fins-de-semana”.

“[A medida] é fundamental para garantir a igualdade de oportunidades, entre homens e mulheres, e garantir igualdade de oportunidades às crianças”, pode ler-se.

Esta quarta-feira, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já tinha anunciado “a reconversão automática de espaços previamente dedicados à área de infância para salas de creche, desde que salvaguardadas naturalmente as questões de segurança e de conforto das crianças, bastando uma comunicação ao Instituto de Segurança Social para o efeito”.

O objetivo é “reforçar a capacidade de resposta de creche, quer ao nível do aumento do número de lugares disponíveis, quer da diversificação dos serviços e horários e melhorar a conciliação entre trabalho, vida pessoal e familiar“.

Ao matutino, a presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP), Susana Batista, confessou que há pais que já se demitiram dos empregos por não terem onde deixar os filhos.

Ana Mendes Godinho assegura que as alterações previstas na portaria vão permitir criar seis mil vagas ainda em 2023.

 

O programa de gratuitidade, lançado em setembro de 2022, despoletou um aumento exponencial da procura.

O objetivo é, dentro de dois anos, ter a capacidade de aumentar em dez mil lugares o total da rede de creches, perspetivou Ana Mendes Godinho, àquela data.

“A gratuitidade das creches é uma medida decisiva e prioritária para o país, quer no combate à pobreza infantil, promovendo a integração e igualdade de acesso de oportunidades e rompendo ciclos de pobreza, quer na promoção de uma política de apoio às famílias, em especial aos jovens que precisam de apoio e condições para permanecerem em Portugal, para se autonomizarem e constituírem família”, disse a ministra em julho de 2022.

A informação do Ministério, enviada agora ao JN, refere que a App Creche Feliz tem neste momento 1100 vagas livres em 118 concelhos. A aplicação conta já com a adesão de 2290 creches.

ZAP //

2 Comments

  1. Vai ser gratuita e com 3 turnos.
    Que bom, assim os pais já podem trabalhar quando quiserem, a família fica para quarto plano.
    Estes tipos dão uma no cravo e uma na ferradura. Acho incrível a tomada de certas decisões ao de leve.
    A família devia estar antes do trabalho. Depois admirem-se que não temos crianças que chegue e acabamos a importar gente que nada tem a ver com a nossa cultura e valores. Tipo França… aqui é uma questão de tempo até vermos igual acontecer.

  2. Já dá para ir de férias, jantar fora, ou beber uns copos… Agora vamos ao que interessa, esta medida tem que ser anulada, o dinheiro dos Portugueses que financia o Orçamento do Estado (OE) não pode servir para pagar/financiar empresas privadas que prestam o serviço de infantário ou creche, isto é parasitismo, é chulanço à custa da Classe-Média Portuguesa que paga tudo isto.
    Uma coisa é o Estado criar infantários públicos, outra é pegar no dinheiro dos Portugueses e dar sem a sua autorização a negócios/empresas privadas.
    É preciso de uma vez por todas acabar com o financiamento por parte do Estado a negócios/empresas privadas, associações, instituições particulares de solidariedade social (ipss), e fundações.

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