A CP está à espera de aprovação para contratar 88 trabalhadores e os investimentos prometidos na infraestrutura ferroviária estão atrasados.
Por isso, a empresa ameaça reduzir a oferta de serviços, o que pode levar mesmo ao não cumprimento do contrato de serviço público. De acordo com o Jornal de Negócios, o presidente do conselho de administração da CP garantiu que a empresa enfrenta fortes constrangimentos e referiu que os planos de recrutamento são cruciais.
No relatório e contas de 2018 desta empresa, Carlos Gomes Nogueira diz que a empresa enfrenta grandes dificuldades por causa do atraso na concretização de investimentos e que são absolutamente cruciais os planos de recrutamento que aguardam aprovação. José Reizinho, da comissão de trabalhadores da CP, diz que a operacionalidade da empresa está cada vez mais afetada e que o alerta do presidente já vem tarde.
Nas declarações, citadas pelo Jornal de Negócios, o presidente da CP considera que sem o reforço do quadro de efetivos, não será possível manter a regularidade da operação.
Em 2018, saíram cerca de 55 trabalhadores por mútuo acordo ou devido a reforma e entraram 29. Ainda esta semana, o ministro das Infraestruturas e da Habitação assumiu o objetivo de resolver os problemas da CP. Pedro Nuno Santos garantiu que se vai bater para conseguir convencer o Ministério das Finanças a dar prioridade ao reforço da CP.
O ministro adiantou que a CP tem um pedido de contratação de 88 trabalhadores, mas só viu autorizadas 14 até agora. Já a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) tem um pedido de 57 novos funcionários.
No final de 2018 a CP tinha 2.683 trabalhadores vinculados, um valor que representa uma redução de 26 trabalhadores face ao ano anterior, e de 54 em relação a 2016.