Costa faz mexidas no novo Governo e aposta em “superministros”

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Mário Cruz / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

Costa aposta em “superministros” para o novo Governo, concentrando o poder nas futuras figuras do PS, como Duarte Cordeiro, Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva.

António Costa começa a preparar a estrutura daquele que será o novo Governo. Não se antecipa uma revolução, mas sim uma consolidação dos nomes fortes do partido em posições-chave. Serão “superministros”, que concentram poder, escreve o Expresso.

O semanário adianta que há cinco nomes que parecem certo no novo Governo de maioria absoluta socialista.

Mariana Vieira da Silva continuará como ministra de Estado e da Presidência, enquanto Pedro Nuno Santos voltará a ser o ministro das Infraestruturas.

Duarte Cordeiro é novidade, assumindo uma pasta com fundos europeus ou para o Ambiente. Fernando Medina, ex-presidente da Câmara de Lisboa, também dá o salto para ministro, assumindo as Finanças ou os fundos europeus. Ana Catarina Mendes  ficará com a Segurança Social ou com uma das pastas de soberania.

António Costa começa já a preparar uma eventual sucessão na liderança do PS, colocando o futuro do partido no miolo do Governo.

A gestão dos fundos europeus é, neste momento, a pasta que gera mais dúvidas. No entanto, vários socialistas defendem que Duarte Cordeiro é a figura ideal para assumi-la. Fernando Medina também é uma opção forte, visto que foi secretário de Estado com a gestão do Fundo Social Europeu nos governos de José Sócrates.

O Expresso salienta que poderá haver um novo Ministério que agregue a Coesão e o Planeamento. Em entrevista à RTP, o próprio Medina admitiu que a “concentração de poder” pode ajudar nas tomadas de decisão.

A escolha de um independente para a Educação e Ensino Superior é também uma opção estudada por António Costa, que está a cumprir confinamento após ter testado positivo à covid-19. Sampaio da Nóvoa e Elvira Fortunato são as alternativas estudadas pelos socialistas.

Para a Justiça, com a saída anunciada de Francisca Van Dunem, a atual ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, é a favorita à sucessão. Para a Administração Interna, lugar que era ocupado temporariamente por Van Dunem após a demissão de Eduardo Cabrita, o nome falado é o de José Luís Carneiro.

Depois de Graça Fonseca ter dado a entender que poderia sair, António Costa também terá de arranjar alguém para a pasta da Cultura, embora ainda não haja nomes em cima da mesa.

Na Agricultura, com a saída de Maria do Céu Antunes, os três cabeças de lista socialistas do Alentejo — Ricardo Pinheiro, Capoulas Santos e Pedro do Carmo — são equacionados para o lugar.

Pedro Siza Vieira continuará como ministro da Economia, enquanto a continuidade de Ana Mendes Godinho como ministra do Trabalho e da Segurança Social ainda é uma incógnita. Nos mesmos sapatos está Marta Temido na pasta da Saúde.

De acordo com o Expresso, João Gomes Cravinho, José Luís Carneiro e Ana Catarina Mendes são hipóteses para os Negócios Estrangeiros, Administração Interna e Defesa Nacional, respetivamente. Augusto Santos Silva não deverá fazer parte do novo Governo.

ZAP //

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20 Comments

    • Eles costumam ser bons nisso. Têm sempre motoristas, amigos, familiares… nada é deles. Veja lá que a mulher do Rendeiro até estava a viver numa casa emprestada pelo motorista. E o Sócas está a viver numa casa do primo. É bonito haver tanta solidariedade entre os mais necessitados. São desapegados, apenas olham pelo bem-estar uns dos outros. É bonito.

  1. o Medina já foi rejeitado pelos eleitores de Lisboa que simplesmente é o maior municipio Português e vai para ministro ,haja pachorra para estas decisões de governação

    • A ignorância dos fachos agravou-se com as rennies…
      Einstein dizia e com razão:
      “Duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas sobre o Universo ainda tenho dúvidas “

    • Pior será daqui a 4 anos. Depois queixem-se que apareça um novo Passos a cortar salários e pensões. A dívida pública não para de subir. E isso apenas é possível enquanto nos emprestarem dinheiro. No dia que deixarem de o fazer, prepare então as suas pastilhas para a azia.

      • “Venturinha”, não inventes!!
        “Dívida pública caiu para 127,5% do PIB em 2021
        Dívida pública totalizava 269.600 milhões de euros, menos 900 milhões do que no final de 2020, segundo o Banco de Portugal.”
        Lusa
        1 de Fevereiro de 2022, 12:39

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