Costa do Marfim tem um caso de ébola e um suspeito. Não havia casos desde 1994

Sedat Suna / EPA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, esta terça-feira, que, além do caso confirmado de ébola na Costa do Marfim, foi identificado mais um caso suspeito e outros nove casos de contacto.

Temos um caso confirmado, uma jovem mulher, e há também outro caso suspeito”, disse a porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, durante uma conferência de imprensa em Genebra, na qual anunciou também que “existem atualmente nove casos de contacto identificados”.

O caso da febre hemorrágica de ébola foi detetado em Abidjan, no último sábado, numa jovem guineense de 18 anos, que chegou à Costa do Marfim a 11 de agosto proveniente da cidade guineense de Labe, no norte do país, depois de viajar mais de 1500 quilómetros por estrada.

A doente está atualmente a ser tratada num hospital em Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim e uma cidade com quatro milhões de pessoas. O país iniciou, esta segunda-feira, a vacinação contra o vírus do ébola, tendo disponíveis cinco mil doses, sendo prioritários o “pessoal de saúde, familiares próximos da vítima e os seus contactos”.

Na conferência de imprensa, citada pela agência France-Presse, a OMS disse que é “extremamente preocupante” que o caso tenha ocorrido nesta metrópole, dois meses depois de ter sido anunciado que a epidemia de 2021 na Guiné-Conacri tinha terminado.

“Relativamente às primeiras investigações sobre a sequência genética do vírus do ébola que foi identificado em Abidjan, de momento não temos qualquer indicação de que este surto na Costa do Marfim esteja relacionado com o surto de ébola na Guiné-Conacri no início deste ano”, disse Tarik Jasarevic.

O caso é o primeiro na Costa do Marfim desde 1994. A Guiné-Conacri registou recentemente um novo surto de ébola, declarado extinto em junho.

// Lusa

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