No dia 30 de janeiro têm lugar as “eleições decisivas” onde se joga o “futuro para os próximos quatro anos”. Ciente de que o tempo urge, António Costa deixou os apelos à maioria absoluta de lado e dedicou-se, esta quinta-feira, a apontar as cinco diferenças que separam o PS do PSD.
Depois de uma passagem por Évora, o secretário-geral do PS rumou a Santarém para pedir uma “votação maciça”, sem tocar nas palavras mágicas: maioria absoluta.
“Não faltem e vão todos votar!”, pediu António Costa, citado pelo Expresso.
Com casa cheia no Centro Nacional de Exposições (CNEMA), o socialista elencou os cinco temas em que a classe média fica a perder com os sociais-democratas.
Em primeiro lugar, “o PSD não quer subir o salário mínimo, quanto mais aumentar os salários médios”, atirou Costa.
O segundo ponto prende-se com o IRS. Enquanto o PS “quer baixar já” o imposto sobre a classe média para todas as famílias que ganham até 80 mil euros, o PSD “não vai baixar o IRS” tão depressa.
“Os portugueses não têm direito a um “se”, têm direito a um “já” em 2022″, disse.
O terceiro tema relaciona-se com as empresas. O PS entende que as baixas de IRC não podem ser generalizadas, mas sim para aquelas que tenham boas práticas laborais, ambientais ou de investimento.
Em quarto lugar, o “sistema misto” na Segurança Social, que o PSD defende, para pegar em parte das contribuições e “pô-las no mercado”. “Não brinquemos com coisas sérias, na crise de 2008 houve milhões de famílias nos Estados Unidos perderam tudo.”
Por último, os sociais-democratas querem acabar com o “tendencialmente gratuito na Saúde” e “quando tiramos o tendencialmente gratuito, fica o tendencialmente pago”, acusou o atual primeiro-ministro.
Em 2019, o Partido Socialista conseguiu eleger quatro deputados em Santarém, entre eles a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, e a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que voltam a estar na lista do partido nestas eleições.