É a primeira vez que a corrida à liderança da UGT conta com dois candidatos: além de José Abraão, atual dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), Mário Mourão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN), apresentou esta quinta-feira a sua candidatura.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro (SBN), Mário Mourão, também é candidato à liderança da UGT, disse esta quinta-feira à Lusa um dirigente da central sindical.
De acordo com a mesma fonte, Mário Mourão enviou uma carta ao presidente da tendência sindical socialista, Carlos Silva, a anunciar a sua candidatura à presidência da tendência.
“Esta minha candidatura é dirigida a todos os membros da tendência sindical socialista da UGT, sem exceção, sem privilegiar um setor em detrimento de qualquer outro”, lê-se na carta de apresentação da candidatura, na qual Mourão garante que “todos os setores da sociedade merecerão” o seu empenho.
Normalmente é o presidente da tendência sindical socialista que se candidata posteriormente ao cargo de secretário-geral da UGT, embora possam apresentar-se outros candidatos no congresso, desde que reúnam os apoios necessários, mas isso nunca aconteceu na história da UGT.
O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, anunciou, na quinta-feira passada, que se vai candidatar à liderança da UGT.
Quando, há cerca de ano e meio o atual secretário-geral da UGT, Carlos Silva, reafirmou que não se recandidatará à liderança da central, José Abraão manifestou a sua disponibilidade para se candidatar.
Cabe agora ao congresso da tendência sindical socialista, marcado para meados novembro, decidir quem será o seu presidente e, consequentemente, o candidato a secretário-geral da UGT.
Segundo o jornal Público, é a primeira vez que há dois candidatos a secretário-geral da UGT, um lugar que nos últimos dois mandatos foi ocupado por Carlos Silva.
Os estatutos da central sindical estabelecem o limite de dois mandatos mas, por decisão de 75% dos delegados ao congresso, pode haver um terceiro.