Um homem testou positivo para o coronavírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) em Al-Ain, nos Emirados Árabes Unidos.
O indivíduo de 28 anos estava internado há mais de um mês e testou positivo a 23 de junho, apesar de não ter tido qualquer contacto com os animais habitualmente portadores do vírus — dromedários, cabras ou ovelhas.
Foram monitorizados 108 contactos, mas nenhum outro caso foi registado, relata a Organização mundial de Saúde (OMS), notificada pelo país a 10 de julho.
O vírus é um dos três tipos da família coronavírus — a par do mais comum e do SARS — e provoca uma doença respiratória grave em humanos. A transmissão ocorre geralmente através do contacto direto ou indireto com pessoas infetadas e as taxas de mortalidade são altas — cerca de 35%.
Os sintomas da doença incluem febre, tosse e falta de ar. Em casos graves, pode causar pneumonia e insuficiência renal. Não há atualmente uma vacina ou tratamento antiviral específico para o MERS.
O MERS também foi encontrado em camelos, que se pensa serem um reservatório para o vírus e uma possível fonte de infeção em humanos.
Os Emirados já registaram 94 casos deste subtipo de coronavírus desde 2013, altura em que foi registado o primeiro caso. 12 dos pacientes infetados morreram.
A maioria dos surtos tiveram lugar no país em que foi identificada a doença, mas também na Coreia do Sul, Jordânia, Catar ou Irão, entre outros. Na Europa, três de cinco portadores do vírus morreram no Reino Unido e um alemão morreu.