A Coreia do Norte confirmou que lançou um míssil balístico de alcance intermédio, capaz de atingir o território norte-americano de Guam.
Segundo a Time, é o lançamento mais significativo da Coreia do Norte nos últimos anos, uma vez que Washington pretende responder para demonstrar o seu empenho na segurança dos aliados na região.
A Agência Central de Notícias oficial coreana disse que o teste de domingo do míssil Hwasong-12 tinha como objetivo avaliar a arma que estava a ser produzida e lançada e verificar a sua capacidade.
O órgão de comunicação referiu que uma câmara instalada na ogiva do míssil tirou uma fotografia da Terra do espaço, e a Academia de Ciências da Defesa confirmou a precisão, segurança e eficácia do sistema de armamento.
A Coreia do Norte afirmou que o míssil foi lançado em direção à água no largo da sua costa oriental num ângulo elevado, para evitar que sobrevoasse outros países. Não foram dados mais pormenores.
De acordo com a avaliação sul-coreana e japonesa, o míssil voou cerca de 800 quilómetros e atingiu uma altitude máxima de 2.000 quilómetros, antes de aterrar nas águas entre a Península da Coreia e o Japão.
Os detalhes de voo tornam o míssil no mais potente testado, desde 2017, quando o país lançou mísseis Hwasong-12 e mísseis de longo alcance numa série de disparos de armas, para adquirir a capacidade de lançar ataques nucleares em bases militares dos Estados Unidos na Ásia do Norte e no Pacífico, e mesmo na pátria americana.
O míssil Hwasong-12 é uma arma terra-a-terra com capacidade nuclear, cujo alcance máximo é de 4.500 quilómetros quando é disparado numa trajetória padrão.
É a distância suficiente para alcançar o território dos Estados Unidos de Guam. Em agosto de 2017, no auge das animosidades com a administração de Trump, as Forças Estratégicas da Coreia do Norte ameaçaram lançar “um fogo envolvente” perto de Guam, com mísseis Hwasong-12.
Em 2017, a Coreia do Norte também testou mísseis balísticos intercontinentais chamados Hwasong-14 e Hwasong-15 que, segundo os peritos, demonstraram a sua capacidade de alcançar os EUA continental.
Nos últimos meses, a Coreia do Norte lançou uma variedade de sistemas de armas e ameaçou levantar uma moratória de quatro anos sobre testes de armas mais sérios, tais como explosões nucleares e lançamentos de ICBMs.
O lançamento de domingo foi a sétima ronda de lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, só em janeiro. Outras armas testadas recentemente incluem um míssil hipersónico de desenvolvimento e um míssil lançado por um submarino.
Alguns especialistas dizem que o aumento da atividade de testes mostra como o líder norte-coreano Kim Jong Un está determinado a modernizar os seus arsenais de armas, apesar das dificuldades económicas relacionadas com a pandemia, e das sanções internacionais lideradas pelos EUA.
Os mesmo especialistas sublinham que Jong Un também pretende, provavelmente, obter concessões da administração de Biden, tais como alívio de sanções ou reconhecimento internacional como uma potência nuclear.
Após o lançamento de domingo, funcionários da Casa Branca disseram que vêm o último teste de mísseis como parte de uma série de provocações ao longo dos últimos meses, que se têm tornado cada vez mais preocupantes.
A administração Biden planeia responder ao último teste de mísseis nos próximos dias com um movimento não especificado, destinado a demonstrar ao líder coreano que está empenhado na segurança dos aliados na região, de acordo com um funcionário da administração que informou os repórteres, sob anonimato.
Os Estados Unidos apelaram novamente à Coreia do Norte para que voltasse às conversações, mas deixaram claro que não vê o tipo de cimeiras como a de Donald Trump e Kim Jong Un como sendo construtivas, neste momento.
Oficiais sul-coreanos e japoneses também condenaram o lançamento de domingo, que violou as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbe o país de testar mísseis balísticos e armas nucleares.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, explicou que o lançamento de mísseis no domingo deixou a Coreia do Norte perto de quebrar a sua moratória auto-imposta aos testes de armas de 2018.
A diplomacia liderada pelos EUA com o objetivo de convencer a Coreia do Norte a abandonar o seu programa nuclear continua em grande parte paralisada, desde que uma segunda cimeira entre Jong Un e Trump colapsou no início de 2019, devido a disputas sobre as sanções lideradas pelos EUA contra a Coreia do Norte.
Os especialistas dizem que a Coreia do Norte pode parar a sua onda de testes após o início dos Jogos de Inverno de Pequim na sexta-feira, porque a China é o seu mais importante aliado.
Acrescentam ainda que a Coreia do Norte pode testar armas maiores quando os Jogos Olímpicos terminarem, e as forças armadas dos EUA e da Coreia do Sul começarem os seus exercícios militares anuais da primavera.
Quiseram Biden, agora continuamos a ter o resultado da escolha.
Com tantos mísseis em ação enviados pelo camarada Kim, começo a pensar que serão captadores de alimentos na atmosfera para alimentar a população norte-coreana que parece andar faminta.