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Metade dos jovens acha aceitável comprar falsificações

No geral, um terço dos europeus considera aceitável comprar falsificações quando o preço do produto genuíno é muito alto.

Comprar falsificações não é um problema para muitos europeus, revela um relatório sobre comportamentos de consumidores na Europa.

O estudo de 2023 sobre «Cidadãos Europeus e Propriedade Intelectual: Perceção, Sensibilização e Comportamento» começou há 10 anos e vai na sua quarta edição, lê-se na informação enviada ao ZAP.

Foram realizadas, no início deste ano, mais de 25 mil entrevistas a pessoas que moram na União Europeia, que tenham no mínimo 15 anos.

O estudo, elaborado pela EUIPO – Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia, revela que praticamente um terço (31%) dos europeus acha que é aceitável comprar falsificações quando o preço do produto genuíno é demasiado elevado.

Se nos restringirmos à postura dos jovens entre 15 e 24 anos, a percentagem aumenta: metade dos jovens consumidores acha aceitável comprar falsificações.

Na prática, 13% dos europeus compraram falsificações, intencionalmente, ao longo do último ano.

Mais uma vez, entre os jovens o consumo de produtos falsos aumenta. Neste caso, a percentagem sobe para o dobro (26%), enquanto nos consumidores mais velhos, com mais de 65 anos, apenas 5% fazem o mesmo.

Os países onde se compram mais falsificações são: Bulgária, Espanha e República da Irlanda; a Finlândia é onde se compra menos.

Como seria de esperar, a maioria (43%) compra produtos que não são originais porque o preço dos originais é muito alto.

Mas os europeus (80% dos inquiridos) têm noção de que a contrafacção apoia as organizações criminosas e prejudica empresas e empregos.

Ao comprar o produto, praticamente metade (47%) não tinha a certeza se o produto era genuíno.

Pirataria na Internet

14% dos europeus – e 33% dos jovens – admitem ter acedido a conteúdos de forma ilegal, sobretudo para assistir a conteúdos desportivos.

Em Portugal, 44% dos inquiridos fizeram essa admissão: viram conteúdos “piratas” na internet ao longo do ano passado.

Mas a maioria dos europeus (80%) é contra a utilização de conteúdos pirateados – mas acederiam aos conteúdos originais se o preço fosse mais baixo.

Por outro lado, 65% acham que é aceitável piratear quando o conteúdo não está disponível na sua assinatura.

Dinamarca e Malta são os países onde se vêem mais conteúdos piratas; mais uma vez, é a Finlândia que está no fundo, com menos acessos ilegais.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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