O Partido Conservador garantiu, esta quinta-feira, a maioria absoluta e venceu oficialmente as eleições legislativas, apesar de a contagem dos votos continuar em curso.
Para obter uma maioria absoluta, um partido precisa de vencer em 326 das 650 circunscrições eleitorais, mas, apuradas 613 circunscrições, o partido conquistou 337. Liderado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, o partido conquistou até agora mais 43 assentos na Câmara dos Comuns do que nas eleições de 2017.
“Parece que ao Governo Conservador foi outorgado um novo e poderoso mandato para fazer o Brexit, e não só fazer o Brexit, mas para unir o país, levá-lo para a frente e focar nas prioridades do país”, disse, esta quinta-feira, ao discursar na circunscrição de Uxbridge and South Ruisli, na qual era candidato, após o anúncio da sua reeleição.
Boris Johnson acabou o discurso a agradecer ao povo do país “por aparecer para votar numa eleição dezembro (…) que se tornou histórica” e dá ao Governo “a oportunidade de respeitar a vontade democrática do povo britânico, mudar para melhorar e libertar o potencial de todo o povo”.
Esta manhã, o primeiro-ministro prometeu arrancar com o Brexit já no final de janeiro. “Conseguimos! Saímos da União Europeia a 31 de janeiro, sem mais ‘se’ nem ‘mas’. (…) Vamos cumprir o Brexit. Mas primeiro, meus amigos, vamos cumprir o pequeno-almoço”, brincou o governante, citado pela TSF.
O Partido Trabalhista, o principal partido da oposição, pelo contrário, perdeu até agora 56 assentos e elegeu 200 deputados. O líder, Jeremy Corbyn, admitiu que a derrota é “muito dececionante” e anunciou que pretende renunciar às funções, após conduzir um “processo de reflexão sobre este resultado e sobre as políticas que vai manter no futuro”.
“Quero tornar claro que não vou liderar o partido em nenhumas futuras eleições. Vou discutir com o partido para garantir que existe um processo de reflexão sobre este resultado e sobre as políticas que vai manter no futuro. E vou liderar o partido durante esse período”, declarou em Islington.
“Esta é obviamente uma noite muito dececionante para o Partido Trabalhista, com o resultado que temos. Mas quero dizer que, na campanha eleitoral, apresentámos um programa de esperança, um programa de unidade e um programa que ajudaria a corrigir os erros, as injustiças e as desigualdades existentes neste país”, disse.
No entanto, acrescentou, “o Brexit tornou-se num debate tão dividido e polarizado que substituiu muito de um debate político normal. E reconheço que isso contribuiu para os resultados que o Partido Trabalhista registou esta noite em todo o país”.
A líder dos Liberais Democratas, Jo Swinson, falhou a reeleição como deputada na circunscrição escocesa de Dumbartonshire East por uma margem de 149 votos para Amy Callaghan, do Partido Nacionalista Escocês (SNP). O SNP já elegeu 46 deputados, mais 13 do que em 2017, enquanto os Liberais Democratas só garantiram oito.
A líder do SNP, Nicola Sturgeon, já reivindicou ter recebido um mandato para realizar um segundo referendo sobre a independência da região ao eleger a grande maioria dos deputados elegíveis na Escócia.
“A Escócia enviou uma mensagem muito clara: Não queremos um Governo de Boris Johnson, não queremos deixar a União Europeia e queremos que o futuro da Escócia fique nas mãos da Escócia”, afirmou a também primeira-ministra do Governo escocês.
Sobre o facto de o primeiro-ministro britânico, de quem depende uma eventual autorização para um referendo de independência, ter garantido insistentemente que não autorizará essa votação, Sturgeon afirmou que Boris Johnson não tem o direito de tirar a Escócia da UE nem de impedir os escoceses de escolherem o seu próprio futuro.
“Tal como aceito com relutância — porque é uma direção que eu lamento — que o Boris Johnson tem um mandato para retirar a Inglaterra da UE, tem de aceitar que eu tenho um mandato para oferecer à Escócia a escolha de uma alternativa de futuro“.
Admitindo não poder presumir que todas as pessoas que votaram no SNP querem a independência da Escócia, Sturgeon afirmou que houve um grande apoio à ideia de a região “ter uma escolha sobre o seu futuro, não ter de aturar um Governo conservador em que não votou e não ter de aceitar a via fora da EU”.
“Não há dúvida de que eu tenho um mandato para dar ao povo da Escócia essa escolha e depois cabe às pessoas no país decidirem que escolha fazem”, afirmou.
Em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que a UE está pronta para negociar o futuro relacionamento com o Reino Unido. “A União Europeia está pronta para a próxima fase. Vamos negociar um acordo comercial que permitirá que as regras do jogo sejam equitativas”.
Charles Michel felicitou Boris Johnson pelo resultado das eleições e pediu a Westminster que “ratifique rapidamente” o acordo do Brexit para, “calmamente, mas com grande determinação, iniciar a negociação na próxima fase”.
O presidente do Conselho Europeu disse que isso será “importante para garantir os interesses do mercado interno” e para ter um “relacionamento próximo no futuro” com Londres.
Dos Estados Unidos também já chegaram as felicitações do Presidente Donald Trump. “Parabéns a Boris Johnson pela sua grande vitória! O Reino Unido e os EUA estão livres para celebrar um novo grande acordo comercial após o Brexit”, escreveu no Twitter.
Para o chefe de Estado, “este acordo tem potencial para ser muito maior e mais lucrativo do que qualquer acordo com a União Europeia”.
Cerca de 46 milhões de britânicos votaram, na quinta-feira, nas eleições legislativas antecipadas no Reino Unido, as terceiras em menos de cinco anos, convocadas pelo Governo para tentar desbloquear o impasse criado no Parlamento pelo processo de saída da União Europeia (UE).
A votos estiveram os 650 assentos na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento britânico, aos quais concorreram 3.322 candidatos.
ZAP // Lusa
Sempre vi os Britânicos como gente mais inteligente, e até o devem ser, mas o orgulho é muito MAIOR.
Demorou muito tempo, e eles cansaram-se desta conversa.
O próprio Corbyn não ajudou nada, nunca explorou o tema do novo referendo, e a própria juventude foi uma desilusão.
Agora quero ver o que aí virá…
O Boris filho do João ganhou e mereceu-o. Mas não ganhou o Brexit; perdeu o “comunismo” que o burro dos trabalhistas queria implementar na Grã-Bretanha.
Lá se vai a União Europeia, afinal o povo confirmou o referendo, se dúvidas existiam?
Vamos ver o UK a crescer sem as amarras da UE e da regulamentação que apenas favorece o eixo franco alemão.
Eu que fabrico, não posso vender na Alemanha nem na França, em Espanha não vale a pena pois são muito patriotas. Na Alemanha e França é necessária muito burocracia. Despendidos dezenas de milhares de euros em certificações especificas, pois certificação europeia já tinha, quando finalmente recebo a certificação, as respostas são de que não tenho preço.
venceu o Reino Unido e perdeu estrondosamente o colectivismo marxista do criminoso Corbyn e dos comparsas da UE, parabéns aos britânicos.
se alguem acredita q o palhacito johnson vai cumprir a promessa a 31 janeiro entao tb acredita q eu sou o pai natal
os politicos qdo estao no governo sao os maiores aldraboes e o johnson sempre foi 1 vigarista de 1