Vencedor de um prémio de 1.24 mil milhões de euros acusou a mãe da filha de ter revelado detalhes. Mas afinal terá sido ele próprio a revelar.
Quando o dinheiro traz problemas. Não é a primeira vez, não há-de ser a última.
Um homem que vive em Maine (EUA) ganhou a lotaria em Janeiro do ano passado. Não foi um prémio qualquer: 1.35 mil milhões de dólares, ou 1.24 mil milhões de euros.
É um dos maiores prémios de sempre nos EUA. E muitos milhões originam muitas confusões.
O vencedor, cujo nome verdadeiro não foi revelado mas é conhecido como “John Doe”, apresentou processo em tribunal contra a ex-namorada, mãe da sua filha.
John acusa “Sarah Smith” de não ter cumprido um acordo de confidencialidade, ao revelar detalhes sobre a conquista deste prémio.
O vencedor estava a tentar manter o anonimato (algo frequente nestes casos) mas, alega, Sarah contou ao seu pai – o pai de John – e, a partir daí, diversos familiares ficaram a saber.
Pela quebra no acordo de confidencialidade, o vencedor do prémio exige quase 100 mil euros.
Mas houve uma reviravolta na sexta-feira passada: afinal, foi o próprio John Doe que contou ao seu pai que tinha ganhado o prémio.
O portal Business Insider dá mais detalhes da “novela” familiar: os advogados de John Doe acusam Sarah Smith de ter feito alegações falsas sobre o passado entre os dois e de estar a mentir no meio da luta em tribunal pela custódia da filha. E de levar o caso para a praça pública, propositadamente.
Os advogados de Sarah indicam que John “cometeu o erro” de contar tudo ao pai dele. Isso basta para “desmontar” a queixa.
E surgiu uma novidade que contraria as intenções de John Dos: é que o próprio pai está contra o filho.
Na sexta-feira, o pai do queixoso disse em tribunal que o seu filho, não apenas lhe contou sobre o dinheiro, mas também prometeu gastar milhões de dólares com os pais. “E eu nem lhe pedi nada”.
John nega ter dado detalhes em conversa com o pai, mas… admite que contou ao pai que tinha ganhado a lotaria – ao mesmo tempo que acusa a ex-companheira de ter feito precisamente isso.
O pai também contou na sessão que já nem fala com o filho. A última conversa transformou-se em discussão, precisamente sobre a lotaria: “Eu disse-lhe ‘Não és o filho que conheci’. Ele ficou zangado, chamou-me ditador e palerma. Nunca mais soube dele – e ele não cumpriu nenhuma das promessas que me fez sobre onde ia gastar o dinheiro para nos ajudar”.
As verdadeiras razões
E tudo isto, segundo os advogados da acusada, é uma forma de John “persegui-la numa batalha judicial infundada, cara e intimidatória porque ela não concordou em retomar a relação“.
Ou seja, por detrás desta acusação sobre a lotaria estarão os motivos reais: desgosto amoroso e querer ficar com a custódia da filha.
Ele diz que ela teve comportamentos abusivos enquanto estavam juntos e que agora está a basear-se em alegações falsas para cancelar a acção judicial.