A Comunidade Israelita do Porto conseguiu pressionar a Conservatória dos Registos Centrais para dar a nacionalidade a Roman Abramovich com urgência.
A Comunidade Israelita do Porto (CIP) pressionou a Conservatória dos Registos Centrais (CRC) a tratar rapidamente do processo de naturalização do Roman Abramovich, que passou a ser “urgente”. A investigação do jornal Público revela que foram invocados motivos de “interesse nacional”.
Abramovich acabaria por conseguir a nacionalidade portuguesa em apenas três meses, com o aval do Ministério da Justiça, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Serviços de Informações de Segurança do Estado.
“Dado o aumento brutal do antissemitismo na Europa e a certeza de que a informação seguinte causaria manchetes e clamores contra os judeus, como ensina a história judaica em território europeu, pedimos a V. Exa. que tome todas as providências para que a dita informação não caia jamais em praça pública”, lê-se num email da direção da CIP enviado a Maria de Lurdes Serrano, diretora da CRC, no dia 3 de fevereiro.
O processo de Abramovich entrou na CRC, em Lisboa, em outubro de 2020, mas não avançou até fevereiro do ano seguinte.
De acordo com o Público, a Comunidade Israelita do Porto garantia estar a agir “apenas por razões de interesse nacional, que envolvem o próprio Governo, a B’nai B’rith Internacional e um conjunto de sefarditas portugueses que estão listados na Forbes e não precisam de Portugal para ‘ganhar’ dinheiro, para fazer ‘negócios’ ou para outras ‘conspirações'”.
O processo de naturalização em tempo recorde do russo motivou até a abertura de um inquérito interno no Instituto de Registos e Notariado (IRN), no início deste ano.
A naturalização portuguesa de Abramovich foi consumada em abril de 2021 em tempo recorde. O facto de o russo ser dono do Chelsea e ser uma figura próxima do presidente da Rússia, Vladimir Putin, também apimenta as dúvidas.
O opositor de Putin, Alexei Navalny, acusou Portugal de receber subornos no âmbito do processo.
Abramovich obteve a cidadania portuguesa depois de o Reino Unido não lhe ter renovado o passaporte no seguimento do incidente diplomático com a Rússia, após o a morte de Sergei Skripal por envenenamento.
A nacionalidade portuguesa permite a Abramovich movimentar-se à vontade na União Europeia.
Esta “Comunidade” de Israelitas , adoram un Deus chamado Mamóm !…Tudo , boas Pessoas !