Diferença entre compra de casa e arrendamento cifrou-se, em 2021, em 26 euros.
Os cidadãos que em 2021 estavam a efetuar os pagamentos relativos à compra das suas casas tinham uma despesa, em média, 26 euros mais elevada do que os que arrendavam. Os dados constam de um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo o qual os custos médios da compra de casa se fixam nos 360,5 euros e o arrendamento nos 334 euros.
A Área Metropolitana de Lisboa registava o preço médio mais elevado, 397 euros, e, excluindo a Madeira (394,3 euros) e o Algarve (374,3 euros), todo o território apresentava encargos mensais inferiores à média do país, 360,5 euros.
No entanto, estes valores podem não ser representativos da realidade atual. Em 2021, as taxas Euribor encontravam-se negativas, ao passo que atualmente atingem valores máximos no contexto dos últimos 14 anos. Esta alteração prejudica fortemente a opção de aquisição.
Relativamente aos arrendamentos, o INE conclui que 61,4% dos alojamentos tinham valores associados entre os 200 e os 500 euros. Novamente, a Área Metropolitana de Lisboa contempla a maior proporção de alojamentos arrendados com valores superiores a mil euros mensais.
Oferta acessível da CML é insuficiente
O Programa Renda Acessível, lançado pela Câmara de Lisboa com o objetivo de disponibilizar rendas abaixo do valor de mercado para as famílias da classe média, não está a conseguir dar resposta à procura. De acordo com a CNN, a autarquia não consegue atingir o rácio de uma casa disponibilizada por dia desde que lançou o primeiro concurso, em dezembro de 2019.
Os concursos atualmente abertos findam a 24 de março, o que configura um horizonte temporal de 1200 dias. Considerando e distribuindo as 1016 habitações que constam das listas do portal Habitar Lisboa por esses mesmos dias, chega-se a um rácio de 0,85 casas por dia. Ou seja, o objetivo de disponibilizar uma casa com renda acessível por dia não foi atingido.
O não cumprimento da meta parece confirmar a crise no mercado da habitação em Portugal, mas sobretudo no da capital. A dimensão do problema é ilustrada também pelos números da procura, também publicados no portal. Desde 2019 foram lançados 17 concursos , 15 dos quais já estão concluídos. Nestes registou-se um número médio de candidaturas na ordem dos 3400. Isto quer dizer que a autarquia teria de disponibilizar, pelo menos, quatro vezes mais casas para dar resposta ao problema.
Como realça a CNN, os 3400 dizem ainda respeito às candidaturas admitidas, havendo o caso de um concurso onde existiram mais de sete mil candidaturas.
Vou Falar pelo que Conheço ,em Faro Arranjar casa esta Complicado a um Preço acessivel ,tendo em conta os salarios Praticados ! no entanto existem imensas Casas Devolutas Desabitadas ,espalhadas pela Cidade