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Estudo mostra como é que algumas plantas se tornaram carnívoras

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Konstantin Lazorkin / Flickr

Planta dioneia (Venus flytrap)

Há cerca de 70 milhões de anos, quando os dinossauros ainda andavam pela Terra, uma anomalia genética iniciou o processo que fez com que algumas plantas se tornassem carnívoras.

Para investigar como é que as plantas carnívoras evoluíram, uma equipa de botânicos e biólogos comparou os genomas e a anatomia de três espécies modernas, todas da família Droseraceae: a dioneia (Dionaea muscipula), a planta de roda d’água (Aldrovanda vesiculosa) e a drósera com folhas de colher (Drosera spatulata).

Segundo o site Live Science, os cientistas descobriram um processo de três etapas para chegar a este gosto por carne. Primeiro, há cerca de 70 milhões de anos, um ancestral não carnívoro destas três plantas sofreu uma duplicação de todo o genoma, gerando uma segunda cópia de todo o seu ADN.

Esta duplicação libertou uma das cópias dos genes das folhas e das raízes para diversificar, permitindo que cumprissem outras funções. Alguns genes foliares transformaram-se em genes para armadilhas, enquanto a nutrição carnívora e processos de absorção foram guiados por genes que, de outra forma, teriam servido raízes que procuravam nutrição no solo.

De acordo com o mesmo site, a segunda etapa ocorreu quando as plantas começaram a receber novos nutrientes das presas. Nessa altura, as folhas e raízes tradicionais não eram mais necessárias. Muitos genes que não estavam envolvidos na nutrição carnívora começaram a desaparecer.

Por fim, na terceira etapa, as plantas sofreram mudanças evolutivas específicas ao seu ambiente. As raízes e folhas evoluíram para ser uma armadilha, descobriram os investigadores, cujo estudo foi publicado, em maio, na revista científica Current Biology.

Os genes das raízes que antes eram usados para procurar e absorver nutrientes do solo eram agora requisitados para criar enzimas necessárias para digerir e absorver os nutrientes das presas. Os genes antes usados nas glândulas que secretavam néctar para atrair insetos polinizadores foram chamados para armadilhas, onde produzem substâncias para atrair presas.

O novo estudo revela que a maioria das plantas com folhas e raízes contém o material necessário para se tornar carnívoras e, segundo os investigadores, este processo de três etapas mostra como, com o tempo, “antigas plantas não carnívoras evoluíram para se tornarem nos caçadores verdes mais hábeis do planeta“.

ZAP //

16 Comments

    • Só são absurdas para quem não tem curiosidade e não se dá ao trabalho de estudar e aprender sempre mais. Absurdo é acreditar em seres místicos sem qualquer prova concreta só porque alguém os inventou e os descreveu neste ou naquele livro. Isso sim, é absurdo.

    • Hahahaaaa….
      Estamos em 2020 e, mesmo com toda a informação e conhecimento, ainda há seres que insistem em teorias medievais!…
      É assim, com crentes alienados, que loucos como o Bolsonaro são eleitos…

      • Alienado é você. O que escrevi são factos e não teorias, por isso não sei de que teorias menciona. “Estamos em 2020 e, mesmo com toda a informação e conhecimento, ainda há seres que insistem em teorias…” absurdas inventadas pela falsa ciência. “É assim, com crentes alienados…” que seguem a religião Pseudo-Ciência. Você já parou para pensar que se hoje a “ciência” disser que você não existe, você simplesmente acredita só porque ela disse? Sinceramente. Mentes cauterizadas dá nisto.

      • Sabe o que é um facto? Um facto é o facto de você só estar aqui a escrever devido à ciência. Isso sim, é um facto.
        O resto é conversa de quem tenta virar o bico ao prego sem qualquer tipo de argumento lógico. A Ciência não diz nem deixa de dizer seja o que for de forma final e absoluta. Novas evidências por vezes obrigam a reanalisar tudo o que está para trás. É uma aprendizagem e um questionamento constantes. Logo não faz sentido dizer coisas do tipo “se a ciência disser (…) você simplesmente acredita”. Isso é como funciona a religião, que o treinou tão bem que você já nem consegue sair da roda.

      • Desculpe mas o que você escreveu não é tudo verdade, você fez misturas que não deveria ter feito. Estar aqui a escrever devido à ciência? sim e não. A ciência nos dias que correm não deixa ninguém questionar, pelo menos é o que me parece, basta alguém ir contra a afirmação cientifica que logo é julgado. Os comentários aqui e em tantas outra noticias provam isso. “A Ciência não diz nem deixa de dizer seja o que for de forma final e absoluta. Novas evidências por vezes obrigam a reanalisar tudo o que está para trás.” Concordo com essa sua afirmação pois de facto descreve a verdadeira ciência, mas infelizmente na prática não tem funcionado assim, o que tem acontecido é literalmente a ciência afirma e nós temos de ficar caladinhos. Você falar de religião comigo não pega, isso é falta de argumento e provocação que não me atinge de forma alguma. A sua conversa de dizer que estou numa tentativa de virar o bico ao prego também não cola, pois isso também é um disfarce de quem não tem argumentos válidos. Passe bem e tenha um óptimo dia.

      • Quem afirma coisas e não nos permite duvidar é a religião, sendo a “fé” a prova máxima disso mesmo. Quanto ao que se passa na prática, não se refere à Ciência certamente, mas sim a políticos, “influencers”, pseudo-cientistas, cientistas falhados, comentadores, líderes religiosos e outros que muitas vezes afirmam falar em nome da Ciência apenas para justificar ações em linha com as suas agendas pessoais. Um cientista sério sabe acima de tudo que qualquer argumento está sujeito a ser discutido e falsificado. E isso inclui os comentários que fiz sobre a religião, apesar da avalanche gigantesca de evidências que os suportam. Quanto às plantas carnívoras, o artigo da Current Biology (é aberto, clique no link que está na notícia) apresenta um caso muito sólido, baseado em evidências concretas, e que dispensam seres mágicos criadores invisíveis que teimam em não dar provas da sua existência. Além da biologia, é necessário ter a genética, química e estatística em dia, mas vale a pena para entender a riqueza e beleza daquilo que é apresentado no artigo. Tente por favor compreender o que é apresentado antes de afirmar que se tratam de “teorias absurdas”. Estude, compreenda, e então sim, discuta. No entanto compreendo o seu ponto de vista: é sem dúvida bastante mais fácil achar que foi tudo “criado” por seres mágicos criadores invisíveis e chutar para canto. É uma forma de esconder a ignorância sobre assuntos que não entendemos.
        Cumprimentos.

      • Continuas a confundir religião com ciência!…
        Ciência só há uma e, ao contrário do que referes, OBRIGA a questinar!!

      • Conclusão: não sabes o que é o método científico e confundes ciência com religiões/crenças.
        Na ciência não se acredita; comprova-se!!
        Há um provérbio que se aplica perfeitamente a crentes alienados como tu: “Quem estuda, sabe; quem não sabe, acredita”.

      • Caro Eu!, permita-me ir mais longe: “Quem estuda sabe que não sabe. Quem não estuda nem sequer sabe que não sabe”.
        Cumprimentos.

  1. Conclusão, deixem a rua sésamo e cresçam. Só conversa de desatentos convencidos de que sabem do que falam. Já perdi tempo demais com pessoas de mente cauterizada e cega. Passem bem e estudem. Sinceramente onde me fui meter.

    • És o típico ignorante arrogante que ignora a sua própria ignorância!!
      Vieste-te meter num espaço público de comentário que é frequentado por alguém com sentido crítico e não vai em “estorinhas medievais” nem em “frases feitas” para carneiros alienados – como o teu comentário inicial:
      “Elas foram criadas assim, deixem-se de teorias absurdas.”
      Desde aí continuamos à espera de saber quem criou “assim” as tais plantas e em que te baseias para o afirmar – e, como se viu, até agora, com ZERO argumentos!!
      Mais um vez: “crenças são o oposto da ciência”!

  2. Oh “EU!” faça o favor de parar com os seus disparates, você gosta disto, os seus comentários aparecem em várias noticias e os seus comentários são sempre o mesmo e agora você continua a insistir para me provocar para quê? não acha que isso é uma atitude infantil? Eu já lhe disse que não tenho tempo. Se você tem tempo faça a sua pesquisa eu continuo a estudar até hoje e isso deixa-me sem tempo para perder tempo. Por isso assuma que este brinquedo “Ainda não chega?” se estragou e pare de tentar brincar ok? Infelizmente vocês assumem sempre que tem razão em tudo, você então sabe de tudo pois praticamente em cada noticia você tem sempre algo para dizer. Brinque com o que quiser menos com as pessoas, principalmente não fale de pessoas que não conhece. E antes de tudo olhe para si, analise o tipo de pessoa que se tornou em vez de olhar para os outros com os binóculos ao contrário. A si nada tenho que provar, eu sei do que falei.

    • Em suma, apesar de tanto estudo não foi capaz de explicar porque razão a teoria apresentada é “absurda”. O seu único argumento é que as plantas “foram criadas assim”. Sabe quanto conhecimento científico e avanços tecnológicos é que foram alcançados com essa “teoria” do creacionismo? Exatamente zero. Desafio-lhe a apresentar um único exemplo em contrário. Em contraponto, consegue sequer conceber quanto conhecimento científico e avanços tecnológicos é que foram alcançados com a biologia, química e estatística, algumas das áreas nas quais se enquadra o artigo em questão? Diga-me lá, sinceramente, qual é a teoria mais absurda para justificar porque razão algumas plantas se tornaram carnívoras? Uma teoria baseada no creacionismo, que nunca produziu absolutamente nada de concreto, ou a apresentada pelos cientistas em questão, baseada em conhecimento prático, com provas dadas e utilizado constantemente no dia a dia?

    • Porque tu só escreves dispatates!!
      Sim, eu comento quando tenho algo a dizer; ao contrário de ti que mandas teorias apalermadas para o ar e depois ficas incomodado quando alguém as questiona!

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