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Comer muitas refeições takeaway pode aumentar a probabilidade de morte

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Comer demasiadas vezes refeições takeaway pode afetar negativamente a saúde das pessoas. Isto porque, muitas vezes, a comida em causa é fast food.

A pandemia de covid-19 veio intensificar a adoração das pessoas pelas refeições takeaway. Poder comer as iguarias dos nossos restaurantes favoritos no conforto da nossa casa tornou-se algo incontornável, numa altura em que as pessoas têm de estar confinadas.

No entanto, cientistas avisam que, em demasia, a comida takeaway pode ser problemática para a saúde.

Um novo estudo publicado recentemente na revista Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics mostra que aqueles que comeram com muita frequência refeições preparadas fora de casa aumentaram o seu risco de mortalidade, em comparação com aqueles que comeram muito poucas destas refeições.

O problema não é propriamente onde é confecionada a comida, mas sim aquilo que é comido. “Refeições preparadas em casa nem sempre são melhores do que refeições preparadas fora de casa”, diz o autor principal do estudo, Wei Bao, em declarações ao Inverse. “A qualidade da dieta é importante”.

A conclusão do estudo é que: pessoas que comeram refeições preparadas fora de casa mais de duas vezes por dia têm um maior risco de morrer do que aquelas que comeram fora de casa uma vez por semana ou menos.

Tecnicamente, o grupo de takeaway do estudo tinha 49% mais probabilidade de morrer do que aqueles que raramente, ou nunca, iam buscar comida fora de casa. O takeaway engloba tudo desde restaurantes e roulotes a supermercados.

Isto não é motivo para alarme. Apenas significa que, das pessoas no estudo que morreram de todas as causas ao longo de 15 anos, a proporção de pessoas que comiam refeições takeaway com muita frequência era maior do que aquelas que raramente comiam fora.

Os autores realçam que os resultados são inconclusivos, já que aqueles que comiam fora de casa 7 a 13 vezes por semana apresentaram menor risco de mortalidade do que o grupo que comia uma vez por semana.

Para chegar aos números finais, os investigadores analisaram as informações de saúde recolhidas de 35.084 adultos que participaram numa grande sondagem entre 1999 e 2014. Em 2015, a equipa do estudo determinou quais destas pessoas morreram. Também analisaram o que tinha sido relatado sobre os seus hábitos alimentares.

Daniel Costa, ZAP //

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