Um novo estudo britânico sugere que os padrões irregulares de refeição estão ligados a um maior risco de hipertensão, obesidade e diabetes.
Um grupo de cientistas do King’s College de Londres, da Universidade de Newcastle e da Universidade de Surrey analisou uma série de estudos e concluiu que a frequência com que come pode ser tão importante como o que come.
As conclusões foram publicadas em junho na Proceedings of the Nutrition Society.
De acordo com a revisão que fizeram, comer de forma irregular – ou seja, umas vezes comer várias vezes ao dia, e outras vezes passar horas sem comer – está relacionado com um risco mais alto de sofrer de hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade.
Os investigadores destacam que comer de forma inconsistente pode afetar o funcionamento do relógio interno do corpo, ou ritmos circadianos, que tipicamente seguem um ciclo de 24 horas e que influenciam inúmeros processos metabólicos, incluindo a digestão, o apetite e a forma como o corpo lida com a gordura, o colesterol e a glucose.
Os investigadores admitem, no entanto, que é preciso fazer mais estudos para perceber o impacto das rotinas de refeição na saúde pública, especialmente em tempos com tantos trabalhos por turnos.