Com o ritmo atual, só daqui a 130 anos haverá paridade de género nas chefias políticas

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dullhunk / Flickr

A chanceler alemã, Angela Merkel

Atualmente, apenas 5,9% dos chefes de Estado e 8,8% dos líderes de governo são mulheres. Em Portugal, a Assembleia da República conta com 40% de deputadas.

Com a saída de Angela Merkel do cargo de chanceler alemã, passam a haver apenas 25 mulheres como chefes de Estado ou a liderar governos em todo o mundo. Segundo dados da ONU citados pelo Público, só daqui a 130 anos haverá igualdade de género nas chefias políticas. Na Europa, essa paridade deve demorar 107 anos.

A nova jovem República em Barbados também tem uma mulher como Presidente, mas Sandra Mason ainda não contou para as estatísticas da ONU por não ter ido a eleições, tendo apenas sido apontada pelo parlamento. A ilha tem também uma primeira-ministra, Mia Mottley.

Os dados das Nações Unidas contabilizam também Madgalena Andersson como a primeira-ministra sueca, que recentemente foi eleita, renunciou ao cargo e depois acabou por ser confirmada como nova líder do executivo. Xiomara Castro, que está no caminho para se tornar Presidente das Honduras, ainda não entrou nas contas.

Atualmente, 8,8% dos líderes de governos mundiais e 5,9% dos chefes de Estado são mulheres. A nível parlamentar, a paridade está também longe, sendo as mulheres apenas 26% dos deputados, congressistas e senadores na escala global. No entanto, há sinais animadores, visto que esta representação duplicou nos últimos 25 anos.

O Ruanda continua a ser o país com mais mulheres na política, sendo a câmara baixa do parlamento composta por 61,3% de mulheres. Só Cuba, Nicarágua, os Emirados Árabes Unidos e a Nova Zelândia têm um equilíbrio de género a nível parlamentar.

Portugal fica-se pelo 22º lugar, tendo 40% de mulheres na Assembleia da República. Já no fundo da tabela ficam a Micronésia, a Papua-Nova Guiné e Vanuatu por não terem qualquer representante feminina no parlamento.

Segundo Julie Ballinton, da ONU Mulheres, faltam cerca de 50 anos para se chegar à igualdade de género nos parlamentos e congressos, havendo uma mudança “em andamento”.

No caso dos EUA, a representação de mulheres negras é ainda menor. Apesar da administração Biden ter o maior número de afro-americanas de sempre, incluindo a vice-presidente Kamala Harris, este grupo continua a ocupar menos de 2% dos cargos executivos eleitos no país, apesar de serem 7,8% da população.

Já a Nova Zelândia distingue-se por já ter elegido três mulheres para chefiar os governos, incluindo a atual líder Jacinda Ardern. Em 2020, o parlamento ficou com 48,3% de mulheres, uma subida de 10 pontos percentuais em relação às últimas eleições. A Nova Zelândia foi também o primeiro país no mundo a garantir o direito ao voto às mulheres.

ZAP //

2 Comments

  1. Thatcher foi uma grande Senhora, tal como Merkel grandes líderes, que fizeram fortes os seus países e as suas gentes ao contrário de outros…

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