A deterioração do estado de saúde do português Fernando Pinho, que se comprometeu a viver durante 60 dias em 60 aeroportos internacionais para angariar dinheiro para uma nova organização de solidariedade, forçou o regresso antecipado a Londres, onde reside.
“Quase 30 dias de malnutrição e sem dormir o suficiente deixaram-me em sofrimento fisicamente e emocionalmente e à beira do colapso. Os meus médicos aconselharam-me a ficar em Londres”, anunciou hoje.
Desde o início de Março, o produtor de teatro comeu e dormiu no interior dos aeroportos do Porto, Lisboa, Madrid, Barcelona, Lyon, Amsterdão, Salzburgo, Munique e Milão, mas no final de Março foi forçado a voltar à capital britânica.
Pinho assumiu o compromisso quando lançou um apelo de financiamento do “Projecto Amélia“, que pretende colocar à disposição de outras instituições de beneficência um jacto para chegar gratuitamente a locais na Europa, África e Médio Oriente.
A ideia é transportar equipas de emergência, médicos e enfermeiros até pessoas em regiões atingidas por desastres naturais, pobreza ou doenças e levar pessoas com doenças graves para tratamento médico não-urgente.
O avião poderá também transportar pessoas com doenças graves para realizar os seus sonhos, como é o caso da primeira missão, marcada para Julho: levar crianças em estado avançado de cancro à Disneyland em Paris.
Através de financiamento colectivo (‘crowdfunding’), o português angariou pouco mais de dez mil libras (cerca de 14 mil euros), 26% da meta de 40 mil libras (55 mil euros), mas garante que a campanha vai continuar até ao final do mês.
A 16 de Abril, revelou, o projecto marcará presença no evento de gala da ONU em Nova Iorque e até 30 de Abril está a vender bilhetes para um concerto da actriz e cantora Sofia Escobar com Nuno Feist, que terá lugar a 26 de Maio em Lisboa.
/Lusa