A cidade de Coimbra integra a lista de “52 sítios para ir em 2025” escolhidos pelo jornal norte-americano The New York Times, como um lugar alternativo, para escapar “às multidões” de Lisboa e Porto.
Coimbra tem mais encanto, quando a premissa é “escapar às multidões”.
Aquela que é ainda considerada, noutras discussões, a “Capital de Portugal”, integra a lista dos “52 sítios para ir em 2025” elaborada pelo The New York Times.
Nesta lista anual dos destinos favoritos para visitar no novo ano, a cidade do Mondego surge em 11.º lugar, descrita como “um bastião da tradição” que está a ganhar “um novo estilo”.
No texto que acompanha uma fotografia do tradicional Café Santa Cruz refere-se que este estabelecimento – descrito como elegante – ainda é frequentado pelos estudantes da universidade, fundada em 1290, para tomar um expresso, comer um doce de ovo e amêndoa e, vestidos de capas pretas, “cantar o fado ao som de guitarras de 12 cordas”.
Mas um novo estilo está a surgir neste “bastião da tradição”, através de novos espaços para adquirir vestidos dos anos de 1940, fazer uma tatuagem ou comer uma refeição vegetariana (Coola Boola CoLab).
Além disso, o New York Times recomenda pernoitar num hotel de dois quartos renovado com “vistas deslumbrantes” (Alto Canto), ou praticar atividades em espaço florestal junto de um antigo pavilhão de caça real (Malcata Eco Experience).
O jornal norte-americano alude ainda para o Museu Aristides Sousa Mendes, na mais distante Cabanas de Viriato, que conta a história do cônsul português em Bordéus, França, que emitiu dezenas de milhares de vistos a judeus que fugiam de Hitler.
No entanto, a partir desta segunda-feira, quem quiser visitar este “bastião da tradição” já não poderá deslocar-se de comboio entre as tradicionais estações Coimbra (também conhecida por Estação Nova) e Coimbra B.
A Estação Ferroviária de Coimbra foi encerrada, precisamente, este domingo, para que possam prosseguir as obras de conversão do canal ferroviário para a solução Metrobus.
Coimbra num honroso 11º lugar
“Lisboa e Porto podem estar a fervilhar, mas Coimbra, a cidade medieval cheia de alma no rio Mondego, no centro de Portugal, tem sido poupada às multidões”, pode ler-se no início da memória descritiva.
A lista abre com a Inglaterra de Jane Austen, seguida das Ilhas Galápagos (Equador), museus da cidade de Nova Iorque (EUA), Assam (Índia), ‘Lótus Branco’ (Tailândia), Gronelândia (Dinamarca), Aix-en-Provence (França), ‘Sun Valley’ (Idaho), Lumbini (Nepal) e Sydney (Austrália).
Angola é referido em 12.º lugar, pelas suas praias tropicais desconhecidas, cascatas sagradas e parques nacionais, com a vantagem de os viajantes dos EUA poderem agora entrar no país lusófono sem visto para estadias até 30 dias.
Seguem-se mais quatro dezenas de destinos, entre os quais Bukhara (Uzbequistão), Canfranc (Espanha), Cidade do Benim (Nigéria), Nova Orleães (EUA), Toyama (Japão), País Basco Francês, Kilifi (Quénia), Rota de Ciclismo da Divisão da Sicília (Itália), Ollataytambo (Peru) e Bulgária, assim como a montanha espanhola de Montserrat e a ilha de Montserrat, nas Caraíbas.
ZAP // Lusa