Cócegas ao sistema, arroz do costume e paus mandados. As promessas dos candidatos a líder da IL

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António Pedro Santos / Lusa

Os três candidatos à liderança da Iniciativa Liberal discursaram hoje na VII convenção do partido, na véspera de irem a votos.

Entre promessas de mudança sistemática, fim das pressões internas e ataques aos adversários, Rui Rocha, José Cardoso e Carla Castro procuraram convencer os militantes de que são a melhor escolha para suceder a João Cotrim de Figueiredo.

Rui Rocha não quer “fazer cócegas ao sistema”

O candidato à liderança da IL, Rui Rocha, diss que não quer “fazer cócegas ao sistema”, mas sim “mudar Portugal”, traçando como objetivo “romper o bipartidarismo”, assegurando que o partido sairá unido da convenção independentemente do resultado.

No período de apresentação da moção de estratégia global que a sua lista, a L, apresenta à VII Convenção da IL, Rui Rocha defendeu que para acabar com o bipartidarismo instalado em Portugal é preciso “ser ambicioso” e para isso “não basta ser a terceiro força politica”, precisando de um resultado eleitoral expressivo.

“Eu não quero fazer cócegas ao sistema, eu quero mudar Portugal. Nós vamos mudar Portugal”, comprometeu-se.

O candidato assegurou que os liberais vão “sair unidos desta extraordinária convenção, seja qual for o resultado”.

José Cardoso está farto de arroz

O candidato à liderança da IL José Cardoso defendeu que os adversários Rui Rocha e Carla Castro representam mais do “mesmo arroz” dos partidos tradicionais, e disse ser o único com um projeto político novo.

Na apresentação da sua moção de estratégia global perante a VII Convenção, o conselheiro nacional José Cardoso defendeu que a IL tem de fazer “a transição” de uma liderança “que seca tudo à sua volta” para outra que distribua “para ser ainda maior”.

“Quando em 48 horas perdemos um presidente e ganhámos dois candidatos, criou-se a ideia de que tínhamos de votar num mal menor”, afirmou, referindo-se ao anúncio surpresa de João Cotrim Figueiredo em novembro de que não se recandidataria às eleições antecipadas a meio do seu mandato.

José Cardoso desvalorizou o trabalho feito pelos seus adversários à liderança nos últimos anos no Conselho Nacional, com “duas ou três” intervenções e “zero propostas”.

“Não me peçam para votar em políticos assim que eu nunca o farei, tudo isto em faz lembrar o tal arroz, o que me venderam os outros e que me querem vender agora e eu não o quero”, disse, na apresentação da sua moção “Um partido e um país sem medo da liberdade dos outros”.

Carla Castro promete fim dos “barões e caciques”

A candidata à liderança da Iniciativa Liberal (IL) e deputada, Carla Castro, disse hoje querer um partido em que “os membros são livres” e não aceitam que lhes digam “quem deve ser o presidente”, sem “barões e caciques”.

Num discurso fortemente aplaudido na VII Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, Carla Castro subiu ao púlpito do Centro de Congressos, em Lisboa, para apresentar a sua lista à comissão executiva, defendendo um partido com “membros livres”.

“Um partido em que os membros são livres, em que não aceitamos que nos digam quem deve ser o presidente”, defendeu, acrescentando que “no país, no partido” e nas suas vidas os liberais “não são paus mandados”.

Carla Castro rejeitou uma força política de “barões e caciques” e pediu uma IL “unida dentro para vencer fora”.

 

ZAP // Lusa

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  1. liberalismo = sub-desenvolvimento, desemprego, pobreza, miséria, fome, desumanização, crises económicas, privatização, estado policial, totalitarismo, corrupção, crime, degeneração, ausência/perseguição das liberdades/direitos

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