Os 70 graus, a propriedade mental: antiga vendedora de uma loja Apple desabafa. “Não podemos dizer que não”.
Kaitlynd McQueens publicou um vídeo no TikTok, que já se tornou viral. Entende-se porquê: fez revelações sobre os seus tempos de vendedora numa loja Apple.
No seu vídeo, Kaitlynd diz várias vezes a expressão “propriedade mental”, mas começa por elogiar a garantia de 1 ano que qualquer produto Apple tem. Mesmo que seja um problema mínimo, quase invisível, o cliente tem logo direito a troca.
Independentemente do problema de software, a ex-funcionária assegura que a Apple assegura que o cliente vai sempre conseguir a troca: “Na minha experiência, o cliente nunca vai ouvir um ‘não’. Estamos, literalmente, proibidos dizer aos clientes que não”.
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Depois entra a tal “propriedade mental”. Um truque nas lojas Apple, revelado neste vídeo: os portáteis estão todos com um ângulo a cerca de 70 graus. “É como um ângulo de visualização realmente estranho. É apenas uma maneira de fazer com que o cliente interaja ainda mais com o MacBook, porque cria propriedade mental. O cliente toca, sente; quer ainda mais”, cita o The Daily Dot.
Outro esquema da alegada propriedade mental: “Nenhum funcionário da Apple vai tocar no aparelho que o cliente tem na mão. Seja airPods, iPhone, iPad ou Apple Pencil. Seja o que for, o funcionário vai dar o dispositivo ao cliente. Vai estar nas suas mãos. Você vai procurar a câmara. Quanto mais estiver a tocar no produto, mais propriedade mental o cliente tem – é mais provável que o compre e leve para casa. ”
No fundo, estar numa loja Apple é estar num momento de incentivo a sentimento de propriedade. O cliente não vai a uma loja; vai a um clube, uma colectividade: é incentivado a brincar com os computadores e sair, o que promove o efeito de doação.
E, quanto mais o cliente mexe num dispositivo de tecnologia, mais sente que é deles – e desistir seria mais doloroso.
Falta saber se este método é exclusivo da Apple.
