Uma equipa de cientistas conseguiu aprisionar luz no interior de um íman. A investigação permitiu descobrir que prender luz dentro de certos materiais magnéticos pode melhorar as suas propriedades intrínsecas.
Neste estudo, cientistas do City College de Nova Iorque analisaram as propriedades de um ímanes em camadas específicas que alojam excitões fortemente ligados – quasipartículas com interações óticas particularmente fortes, que lhes dá a impressionante capacidade de reter luz de forma independente.
Segundo o Science Daily, as experiências revelaram que as interações óticas deste material com fenómenos magnéticos são significativamente mais fortes do que as dos imanes comuns.
“Dado que a luz salta para trás e para a frente no interior do íman, as interações são reforçadas”, explicou Florian Dirnberger, o principal autor do artigo científico publicado este mês na Nature. “Para dar um exemplo, quando aplicamos um campo magnético externo, a reflexão da luz no infravermelho próximo é tão alterada que o material muda de cor. Trata-se de uma resposta magneto-ótica muito forte.”
Normalmente, a luz não responde tão fortemente ao magnetismo. “É por isso que as aplicações tecnológicas baseadas em efeitos magneto-óticos requerem frequentemente a implementação de esquemas de deteção ótica sensíveis”, acrescentou o líder da investigação, Vinod M. Menon.
As fortes respostas óticas dos ímanes são importantes para o desenvolvimento de lasers magnéticos e de dispositivos de memória magneto-ótica, assim como para aplicações emergentes de transdução quântica.
“As aplicações tecnológicas dos materiais magnéticos estão atualmente relacionadas, na sua maioria, com fenómenos magneto-elétricos. Tendo em conta as fortes interações entre o magnetismo e a luz, podemos esperar, num futuro próximo, a criação de lasers magnéticos e reconsiderar velhos conceitos de memória magnética controlada oticamente”, rematou o investigador Jiamin Quan.