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Cientistas intrigados com misterioso veado com duas cabeças

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(dr) Universidade da Georgia

Um caçador de cogumelos encontrou um veado com duas cabeças numa floresta dos Estados Unidos. É o primeiro caso em que um animal que apresenta esta deformação consegue nascer.

Quando estava à caça de cogumelos, um homem norte-americano encontrou um veado com duas cabeças numa floresta do Minnesota, nos Estados Unidos. Logo após a descoberta, o caçador levou o animal para o Departamento de Recursos Naturais do Minnesota.

“É impressionante e muito raro”, disse o especialista Gino D’Angelo. Fascinado com a complexidade do animal, Gino D’Angelo congelou-o para o analisar com mais calma. Foi por esse motivo que a história só foi retratada passados dois anos desde a descoberta.

O veado de duas cabeças foi encontrado em 2016 e era, na verdade, dois fetos unidos pelo corpo. Estes são os primeiros gémeos conhecidos que passaram pela gestação completa. Todos os outros casos de gémeos siameses foram apenas observados dentro do útero.

Este tipo de casos é mais comum em animais domésticos. Entre os 19 casos conhecidos de gémeos siameses selvagens, que integram a literatura científica entre 1671 e 2006, eram apenas conhecidos cinco veados.

Os gémeos foram encontrados limpos e secos, recém-nascidos, mas já sem vida. A equipa responsável por examinar o cadáver realizou uma autopsia, uma TAC, e uma ressonância magnética na Universidade de Minnesota.

A equipa, composta por vários especialistas de áreas distintas, observou que os exemplares tinham um corpo, mas a espinha dorsal dividia-se em dois no tórax. Os pulmões, quando colocados em água, afundaram, o que significa que nunca respiraram e que os animais já nasceram mortos.

A anatomia prova que não havia forma de estes animais sobreviverem, já que havia dois sistemas digestivos, mas apenas um estava ligado ao ânus. Havia também dois corações e dois baços, mas apenas um fígado mal formado.

“Os veados foram encontrados numa posição natural e tudo indica que a mãe ainda tentou cuidar deles”, refere Gino D’Angelo. Os resultados foram publicados na American Midland Naturalist.

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