Cientistas identificam potencial causa da morte súbita inexplicada de crianças

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As mortes súbitas e inesperadas de crianças jovens, frequentemente durante o sono, são potencialmente causadas por convulsões breves, caracterizadas por espasmos musculares.

Num estudo pioneiro, cientistas da Escola de Medicina NYU Grossman identificaram convulsões breves, caracterizadas por espasmos musculares, como uma causa potencial para as mortes súbitas e inexplicadas de crianças jovens, muitas vezes durante o sono.

Anualmente, milhares de famílias enfrentam a perda devastadora de um bebé ou criança jovem sob circunstâncias misteriosas.

Uma parte significativa destas tragédias acontece em situações classificadas como Síndrome da Morte Súbita Infantil (SIDS), para bebés, e Morte Súbita Inexplicada em Crianças (SUDC) para idade de 1 ano ou mais.

O estudo, liderado por cujos resultados foram apresentados num artigo publicado na revista Neurology, analisou mais de 300 casos de SUDC.

Através de um exame meticuloso dos registos médicos e evidências em vídeo fornecidas por famílias enlutadas, os investigadores documentaram sete casos de crianças pequenas, com idades entre 1 a 3 anos, cujas mortes poderiam estar ligadas a convulsões que ocorreram pouco antes de falecerem.

Estas convulsões eram breves, com menos de um minuto, e foram captadas em sistemas de vídeo domésticos.

Historicamente, foi observada uma ligação entre mortes súbitas de crianças e um histórico de convulsões febris, com crianças que são significativamente mais propensas a sofrer de morte súbita e inesperada.

O estudo destaca que um terço dos casos de SUDC tinha histórico de convulsões febris, sugerindo uma possível ligação a estas mortes súbitas.

O uso de filmagens de vídeo domésticas foi crucial para identificar sinais de convulsões, que de outra forma poderiam ter passado despercebidos. Dos sete casos analisados, os vídeos mostraram indicações claras de atividade convulsiva em cinco, enquanto os dois restantes sugeriram sinais potenciais.

A maioria das crianças não tinha histórico prévio de convulsões febris, sublinhando a natureza inesperada destes eventos.

As implicações deste estudo são profundas, sugerindo que as convulsões durante o sono podem ser um fator crítico em alguns casos de morte súbita em crianças, uma teoria que exige mais investigação.

“É essencial aprofundar esta pesquisa, para entender a relação exata entre convulsões e morte súbita, e recolher informação sobre a forma como as convulsões podem induzir resultados fatais, potencialmente através de dificuldades respiratórias pós-convulsão”, salienta Laura Gould, primeira autora do estudo, citada pelo Sci Tech Daily.

“Estudar este fenómeno não lança luz apenas sobre as causas de SUDC; pode também fornecer informação crítica acerca de outros tipos de mortes infantis, incluindo SIDS e em casos de epilepsia”, acrescenta po seu turno o investigador principal Orrin Devinsky.

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