Um navio oceanográfico francês com uma equipa internacional de cientistas a bordo zarparam na segunda-feira de Jacarta para explorar as profundezas do oceano Índico ao largo da ilha indonésia de Sumatra, para tentarem prevenir tsunamis em zonas húmidas.
Durante um mês, mais de 30 cientistas de nacionalidade, sobretudo, francesa, mas também da Indonésia ou Singapura, vão unir-se a estudantes de institutos de pesquisa do Sudeste Asiático. O objetivo é estudar as placas tectónicas numa zona onde são registados os terramotos mais violentos do mundo.
Essas equipas vão para a bacia de Wharton, parte do oceano Índico onde uma nova placa tectónica pode estar em formação após um terramoto de magnitude 8,6 na escala de Richter em 2012, ao largo de Sumatra, no coração da placa indo-australiana.
“As primeiras conclusões mostram que há ruturas no seio da placa“, explica o investigador Nicolas Gascoin, responsável pela cooperação científica e tecnológica da embaixada de França em Jacarta, numa conferência que reuniu vários cientistas.
“É uma zona absolutamente particular. Do conhecimento dos investigadores, não há outro exemplo no mundo deste tipo de rutura e, portanto, de epicentro, que pode gerar tsunamis”, afirmou.
Para os investigadores, esta é uma tentativa de prever o que pode acontecer em cinco ou dez anos no oceano Índico. O custo desta missão, realizado em cooperação com a Indonésia, ascende a cinco milhões de euros, aproximadamente 80% financiados pelo Governo francês.
// Lusa