A idade biológica das pessoas pode ser muito diferente da sua idade real, assegura um estudo desenvolvido por cientistas norte-americanos sobre uma amostra de 1.000 neozelandeses, todos da mesma idade.
Uma equipa de cientistas liderada por Daniel Belsky, professor da Escola de Medicina da Duke University, na Carolina do Norte, Estados Unidos, estudou durante os últimos 12 anos a vida de 1.000 habitantes da cidade neozelandesa de Dunedin, que têm todos actualmente 38 anos.
De acordo com o estudo destes investigadores, publicado esta segunda-feira na Proceedings of the National Academy of Sciences, a idade real de uma pessoa pode ser bastante diferente da sua idade biológica. Entre as pessoas de 38 anos de idade real estudadas, muitas são já verdadeiramente “velhos” – se considerarmos a sua idade biológica.
Os cientistas fizeram uma lista de 18 marcadores biológicos que reflectem a idade biológica de uma pessoa: entre outros, o estado do fígado, dos rins e do sistema circulatório, o nível de colesterol HDL, a saúde dos dentes, e as suas funções cognitivas.
As diferenças na evolução dos níveis destes marcadores mostrou que a idade biológica das 1.000 pessoas de 38 anos estudadas variava entre os 21 e os 62 anos.
Segundo os resultados do estudo, algumas pessoas, no período de 12 meses, envelheciam como se tivessem passado 3 anos.
As pessoas com esta tendência para envelhecer mais rapidamente correm mais riscos em diversos aspectos – desde hemorragias até à debilidade mental – são menos ágeis, e manifestam actividade intelectual mais baixa do que as que tendem a envelhecer mais lentamente.
Talvez sem surpresa, a equipa verificou ainda que as pessoas com uma maior idade biológica tinham um aspecto mais velho – a avaliar pelas respostas de um grupo de pessoas que tentou adivinhar a idade dos participantes no estudo a partir das suas fotografias.
“A maior parte destas pessoas estão na sua idade correcta, à volta dos 40 anos, mas há uma mão-cheia de casos extremos de pessoas que estão em muito mau estado“, diz Daniel Belsky, citado pelo Washington Post,
A equipa de cientistas espera que os resultados deste estudo contribuam para um melhor conhecimento do processo de envelhecimento.
Segundo Belsky, “se conseguirmos desacelerar o processo de envelhecimento, conseguiremos prevenir não apenas uma doença – mas muitas doenças ao mesmo tempo”.
ZAP
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