A vida de milhares de pessoas depende diariamente de transfusões de sangue. Quer por acidente ou doença, são muitos os que ficam à espera de sangue que, não raras vezes, nunca chega. Agora os cientistas acabaram com esse problema.
Tendo validade curta e oferta quase que necessariamente menor do que a procura, há anos que a ciência tenta criar algo que resolva em grande parte o problema: sangue artificial.
Juntando hemoglobina humana, retirada dos glóbulos vermelhos de sangue fora do prazo em bancos de doação, com um polímero sintético, o sangue sintético batizado de ErythroMer, será uma espécie de pó desidratado, que poderá ser armazenado durante anos.
Por outro lado, o sangue real só está em condições de ser utilizado durante pouco mais de um mês e só quando está refrigerado. A ideia agora é que o sangue artificial possa ser embalado com água purificada para ser utilizado quando um médico precisar.
O ErythroMer está a ser desenvolvido por laboratórios americanos, em cooperação com o Instituto Nacional de Saúde e o Departamento de Defesa dos EUA, mas ainda se encontra em fase de teste.
Segundo cientistas, os testes em humanos poderão acontecer dentro de 5 anos. A ideia é que, caso todos os testes corram da forma esperado, o sangue sintético passe a ser utilizado nos próximos 6 a 10 anos.
Há, porém, outros sangues artificiais em desenvolvimento pelo mundo, e até mesmo glóbulos vermelhos desenvolvidos em laboratório já se encontram em teste.
Para além de eventos ou doenças isoladas, regiões mais pobres do planeta precisam constante e intensamente de sangue, e esses avanços podem significar a diferença entre a saúde e a doença, entre a vida e a morte, para muita gente.
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