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Primeira cidade de videojogos em Portugal vai ter 15 mil habitantes durante três dias

Em Portugal, mercado de gaming já vale 250 milhões de euros. No evento de três dias há concertos, jardins para relaxar, um museu e até um santuário.

“Queremos mesmo que os videojogos sejam encarados como uma atividade familiar”, explica-nos António Fuzeta da Ponte.

Arranca esta sexta-feira aquele que quer ser um dos maiores eventos de videojogos em Portugal. A Worten Game City surge como uma aposta contínua da marca de retalho no segmento do gaming e as expectativas são consideráveis: ao longo dos três dias do evento são esperadas 15 mil pessoas na Cordoaria Nacional.

“É um sonho que já tínhamos há algum tempo, que era fazer um evento totalmente dedicado ao gaming e a atividades paralelas que envolvessem a família”, explica António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Worten para Portugal e Espanha, em entrevista ao DN.

“Na casa das famílias portuguesas temos pessoas a jogar: às vezes estão a jogar no telemóvel ou estão a jogar no seu quarto, mas isto entra nas famílias. Há pais que jogam com filhos, há filhos que jogam entre eles ou que convidam amigos para jogar online, em vez de irem lá a casa. O gaming está dentro das famílias e das vidas portuguesas”, acrescenta.

O mercado de videojogos vale 250 milhões de euros em Portugal. Para a Worten especificamente, o sector dos videojogos representa 7% das receitas totais e apresentou um crescimento superior a 20% entre 2017 e 2018. A marca vai investir um milhão de euros ao longo do ano em eventos ligados ao gaming.

Localizada na Cordoaria Nacional, em Lisboa, esta cidade dos videojogos não se fica pelas consolas, comandos e computadores. Há concertos para ver, uma zona ao ar livre pensada para relaxar, um museu – a zona de retrogaming, onde estão consolas do passado como a Atari e o Spectrum – e até um santuário.

Os visitantes da Worten Game City vão poder ver um dos principais atrativos do evento: competições dos jogos League of Legends (LoL) e Counter Strike Global Offensive (CS:GO) entre equipas e jogadores profissionais, estando um prémio de cinco mil euros à espera do vencedor de cada competição.

Questionado sobre se o crescimento dos videojogos em Portugal é um fenómeno passageiro ou que veio para ficar, António Fuzeta da Ponte lembra que antigamente jogar às cartas já era bastante popular. “Isto é um jogo de cartas diferente. As pessoas, os amigos, gostam de jogar uns com os outros, jogam de forma digital porque hoje o mundo é mais digital. Mas nós gostamos de nos divertir e de jogar, por isso nunca vai passar a moda”.

A abertura de portas acontece esta sexta-feira às 12h00 horas. O bilhete diário custa 17 euros, mas existem outras opções: bilhete de nove euros para crianças até aos 11 anos e um pack familiar, para dois adultos e duas crianças, que custa 47 euros.

O segmento dos videojogos tem crescido em Portugal, sobretudo na área dos eventos. Em 2018, a Altice e a Huawei criaram o maior torneio português de desportos eletrónicos. O Lisboa Games Week tem crescido e já atrai 60 mil pessoas. Já na reta final do ano passado, a empresa dinamarquesa RFRSH investiu 1,5 milhões de euros para trazer até Lisboa uma das maiores competições internacionais de desportos eletrónicos, a Blast Pro Series.

ZAP //

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