“O mais interessante é que a TAP ainda não resolveu as vulnerabilidades na própria rede”, escreve o grupo Ragnar Locker.
Dados confidenciais de clientes da TAP e da própria empresa foram divulgados nesta segunda-feira por um grupo de piratas informáticos.
O Ragnar Locker já tinha reivindicado um ciberataque no final de Agosto e, na semana passada, pediu dinheiro pela recuperação dos computadores bloqueados. A companhia aérea não terá negociado resgates.
Três semanas depois, os piratas informáticos divulgam as consequências desse crime.
O jornal Expresso destaca o facto de terem sido publicados dados de 1,5 milhões de clientes, segundo os hackers.
Entre os quase 600 GB de informações, também foram publicados acordos confidenciais, cartões de identidade de profissionais e dados sobre incidentes nas operações.
O grupo de piratas ainda tem acesso aos sistemas informáticos e, no comunicado, comentou que a empresa não parece estar interessada em resolver os seus problemas a nível informático.
“A coisa mais interessante, é que eles [a TAP] ainda não resolveram as vulnerabilidades na própria rede e este tipo de incidentes pode acontecer outra vez. Por sinal, se alguém precisar de um acesso remoto à TAP Air [sic], avisem-nos”, escrevem.
“A TAP tentou fazer tudo, menos proteger os dados dos consumidores, numa tentativa de esconder a verdade, e até chegaram a atacar os nossos recursos. Notámos que toda a informação pessoal na rede da TAP não estava encriptada”, informa o Ragnar Locker.
A TAP assegura que “a intrusão foi contida numa fase inicial, antes de provocar danos nos processos operacionais. As operações da TAP estão a decorrer com normalidade”.
