A próxima madrugada será marcada pela passagem por meteoros, que desta vez coincide com a fase de lua cheia.
Depois da superlua, uma chuva de Perseidas. Noites agitadas no céu, para quem gosta deste tipo de observações.
A próxima noite, de sexta para sábado, será marcada pelo pico de uma das maiores chuvas de meteoros do ano.
É um fenómeno que decorre quando “a Terra passa pelos detritos deixados pela passagem de um cometa”, lembrou Ricardo Reis, do grupo de comunicação de ciência do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
“O efeito é semelhante ao que acontece quando um carro vai numa autoestrada e passa por uma nuvem de mosquitos. O carro é o planeta e os mosquitos são os detritos do cometa, que vão deixando um rasto conforme vamos passando por ele”, descreveu, na rádio TSF.
Desta vez a passagem por Perseidas vai coincidir com fase de lua cheia, algo que interfere com a iluminação. Em vez do máximo de 100 meteoros por hora, deverão ser atingidos no máximo 50 por hora.
“Os meteoros são aqueles risquinhos muito ténues que vemos no céu. Quanto mais iluminação tivermos, menos vamos conseguir ver os meteoros menos intensos”, lembrou.
No entanto, há boas notícias para quem quer ver as Perseidas: “Têm a vantagem de produzir várias bolas de fogo, ou seja, meteoros maiores e mais brilhantes, e que duram um pouco mais. Por isso, mesmo nos sítios que tenham alguma luz, se ficarmos uma hora a olhar para o céu nesta noite, quase de certeza que vamos conseguir ver alguns meteoros a passar, mesmo com a lua cheia”.
Como é habitual, os melhores locais para ver a chuva das Perseidas são fora das cidades, sem qualquer iluminação artificial.
Esta chuva chega na noite seguinte à superlua, que se verificou na madrugada desta sexta-feira. Foi a quarta e última superlua deste ano.