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Chocolate e cerveja foram considerados bens essenciais durante o confinamento belga (e isso salvou o comércio)

Tanto o chocolate como a cerveja representam bens de grande importância na Bélgica, talvez por isso, durante o confinamento, o governo belga tenha definido que algumas algumas lojas que vendem estes dois itens pudessem manter-se abertas.

A Bélgica produz alguns dos melhores chocolates do mundo e as lojas que os vendem foram autorizadas a continuar o seu negócio, enquanto outras lojas “não essenciais” foram forçadas a fechar devido às restrições da pandemia.

A Neuhaus é uma das empresas produtoras de chocolate mais antigas e famosas do país e o CEO da empresa, Ignace Van Doorselaere, sublinha que a marca tem um lugar especial na cultura belga.

“O chocolate faz parte da cultura do país, por isso é essencial porque faz parte do dia a dia, tal como a cerveja ou o vinho em França. O chocolate simboliza alegria. Conheço muito poucas pessoas que não gostam de chocolate”, disse Doorselaere à SkyNews.

A chocolataria foi inicialmente fundada como uma farmácia, mas como o proprietário original usava itens doces para adoçar os medicamentos na década de 1850, o seu neto transformou a empresa num produtora de chocolate. Apesar de uma grande queda no comércio este ano, a empresa acredita que irá sobreviver aos danos causados pela covid-19.

Doorselaere enaltece que a empresa teve “sorte” por “estar inserida na indústria de alimentos, pois este tipo de lojas puderam estar sempre abertas. O governo nunca disse que as lojas de alimentos tinham que fechar e isso ajudou muito”.

Estas regras também se aplicaram à cerveja. Os pontos de venda da bebida foram autorizados a permanecer abertos durante o confinamento, enquanto lojas não essenciais foram forçadas a fechar.

A Beer Mania foi a primeira cervejaria do mundo quando foi inaugurada na década de 1980, e a sua loja e bar oferecem aos clientes centenas de variedades de cervejas. Devido às restrições do novo coronavírus o bar teve que fechar, mas a loja ainda está aberta, embora o movimento seja fraco.

O fundador da empresa, Michael Eftekhari, afirma que perdeu cerca de 90% do seu comércio e teve que se adaptar. “A loja online salvou a minha vida. Quando o confinamento começou as pessoas começaram a fazer pedidos online e isso ajudou-nos muito”.

Michael acredita que a vacina contra a covid-19 vai trazer os seus clientes de volta. É esse pensamento que lhe dá esperança de que os clientes voltem no próximo ano e no próximo Natal.

Ana Moura, ZAP //

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