No dia 19 de fevereiro, o jardim zoológico de Columbus, nos Estados Unidos, testemunhou uma das maravilhas da Ciência moderna: duas crias de chita tornaram-se as primeiras a nascer por fertilização in vitro.
As primeiras crias de chita concebidas por fertilização in vitro nasceram no dia 19 de fevereiro, no zoológico e aquário de Columbus, nos Estados Unidos, marcando um grande avanço da Ciência moderna. O jardim zoológico norte-americano anunciou os nascimentos na passada segunda-feira, dia 24 de fevereiro.
Uma equipa de biólogos do Zoológico Nacional Smithsonian e do Instituto de Biologia da Conservação em Front Royal, na Virgínia, em colaboração com o zoológico, fertilizou os óvulos fora do útero num laboratório.
Depois, os cientistas incubaram-nos e criaram embriões, que foram posteriormente implantados em Izzy e na sua irmã, Ophelia, em novembro. A 23 de dezembro, uma ecografia confirmou que Izzy estava grávida, ao contrário de Ophelia, que não conseguiu engravidar.
As crias – um macho e uma fêmea – nasceram saudáveis na noite do dia 19, e o estado clínico de Izzy encontra-se estável.
A mãe biológica chama-se Kibibi e tem 6 anos. Esta chita, que vive no mesmo jardim zoológico, nunca se reproduziu e já é velha demais para engravidar naturalmente. O pai das crias é a chita Slash, de 3 anos, e vive no Fossil Rim Wildlife Center, no estado norte-americano do Texas.
Estas chitas recém-nascidas podem ser considerados um verdadeiro milagre da Ciência, uma vez que a fertilização in vitro é muito difícil de alcançar em grandes felinos. O último caso de sucesso documentado remonta a 1990, quando nasceram três crias de tigre, segundo o jardim zoológico de Columbus.
O evento mais recente dá esperança aos cientistas e é interpretado como uma luz ao fundo do túnel, já que este processo pode ajudar a recuperar espécies de felinos que estão atualmente em perigo de extinção.
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As chitas, conhecidas por serem o animal mais veloz do mundo, são uma espécie considerada vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza, e enfrentam um elevado risco de extinção.
Estas crias criaram um precedente, mas os conservacionistas devem agora demonstrar que conseguem fazer a mesma coisa repetidamente. Se tiverem sucesso, os investigadores poderão congelar embriões e levá-los para a África.