Milionário viciado no jogo foi sequestrado em Lisboa e forçado a transferir milhares de euros

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Um milionário chinês, detentor de um Visto Gold, esteve sequestrado, na sua casa em Lisboa, durante um dia inteiro, tendo sido espancado e obrigado a transferir elevadas quantias de dinheiro, de contas que tinha na China. Os suspeitos do crime foram detidos em flagrante.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, em flagrante delito, três homens e duas mulheres suspeitos de rapto, extorsão agravada, ofensas à integridade física qualificada e roubo.

Em comunicado, a PJ avança que os cinco suspeitos, com idades entre os 44 e os 47 anos, são estrangeiros e que as detenções ocorreram na sequência de uma denúncia sobre uma pessoa que estava sequestrada.

Elementos da Unidade Nacional Contra Terrorismo da PJ conseguiram libertar a vítima e detiveram o grupo que se dedicava à “extorsão, usura, rapto, roubo e ofensa à integridade física qualificada”, conforme cita a agência Lusa.

A SIC avança que a vítima é um empresário chinês viciado no jogo e presença frequente num casino, onde foi seguido pelos agora detidos. Estes ter-lhe-ão oferecido dinheiro emprestado que ele terá aceitado.

Passados alguns dias, e como o empresário não tinha pago a dívida, os suspeitos atacaram-no e espancaram-no na rua, segundo apurou a SIC, notando que só nesse dia, ficou sem 200 mil euros.

Posteriormente, o homem acabou sequestrado na sua própria casa, no Parque das Nações, em Lisboa. A SIC refere que ele esteve sequestrado durante um dia e que foi coagido a transferir elevadas quantias em dinheiro de contas bancárias que tinha na China.

O Correio da Manhã adianta, entretanto, que o empresário será detentor de um Visto Gold e que terá pedido, “por duas vezes, mais de 100 mil euros, a juros de 5% ao dia“, ao grupo de indivíduos agora detidos.

Além deste empresário chinês, haverá outras vítimas desta rede criminosa que se mantêm em silêncio, segundo aponta a SIC.

As detenções agora efectuadas resultam de uma investigação às actividades de uma estrutura criminosa que se dedicava à prática de crimes de usura, roubo, extorsão e ofensa à integridade física qualificada, tendo por alvo vítimas que tinham em comum a nacionalidade chinesa e o vício do jogo.

“O ‘modus operandi‘ desta estrutura passava pelo empréstimo de elevadas quantias monetárias, por períodos de tempo muito curtos, a jogadores que se encontravam em dificuldades financeiras momentâneas, mediante a cobrança de juros diários exorbitantes“, explica a PJ.

“Após o incumprimento dos pagamentos, ou perante a perda dos montantes emprestados, o grupo criminoso actuava sobre as vítimas com extrema violência, recorrendo também a raptos, como forma de as forçar à entrega de todos os bens de valor em sua posse e ainda de outros”, acrescenta a força policial.

Após o primeiro interrogatório judicial, quatro dos detidos ficaram em prisão preventiva e um com termo de identidade e residência.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. terão-lhe oferecido????
    Terão-lhe???

    O correto não será “ter-lhe-ão oferecido”? Quanto ao “terá aceite”, a forma gramaticalmente correta é “terá aceitado”.

  2. Ninguém empresta dinheiro a viciados no jogo. Esse grupo é controlado pelo dono do Casino de Lisboa. O dinheiro circula apenas pelo Casino e que o empresta nunca o perde. Assim conseguem coagir os viciados a perder ainda mais dinheiro do que o que têm disponível na hora. Os casinos deviam ser todos fechados, só servem para lavagem de dinheiro e roubos.

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