Namorar é bom. Principalmente, no inverno, quando está frio, para aquecer os pés. Foi a partir desta lógica de pensamento que surgiu o conceito de cuffing season – que ajuda a explicar o fenómeno de muita gente preferir o tempo frio para encontrar.
Acaba o verão, acaba o calor, acabam as festas ao ar livre, acaba a “liberdade”. Em sentido inverso, começa o outono, chega o frio, sabe bem o quentinho da lareira e o aconchego de um abraço.
É também nesta transição que muitos solteiros procuram parceiros para os meses de inverno – quase que como uma necessidade biológica, que pode ter sido muito útil no passado da espécie humana.
A cuffing season foi o nome escolhido para este fenómeno. Cuffing vem da palavra inglesa cuff que significa algema. Mas será esta época sinónimo de prisão? E um abraço aconchegado – como foi proposto no início do artigo – será o oposto de liberdade? Não. Mas de segurança talvez.
Logan Ury, psicóloga comportamental formada em Harvard e diretora de Ciência do Relacionamento na aplicação de encontros Hinge, explicou à CBS News que há mesmo uma tendência para os namoros nesta época.
A especialista explicou que a ciência por detrás desta mudança sazonal está enraizada no comportamento humano: nos meses mais quentes, as pessoas estão muitas vezes ocupadas e a viajar; mas à medida que o inverno se aproxima, o desejo de companhia aumenta.
Como escreve o Público, as aplicações de encontros confirmar que em Outubro e Novembro tende a haver um pico de novos perfis e envio de mensagens.
A cuffing season começa normalmente no início do outono – no caso dos países do Hemisfério Norte, de outubro a março – quando o tempo começa a ficar frio para atividades ao ar livre.
E quando volta o calor?
Um estudo publicado pelo The Girls Chase em 2021 concluiu que os relacioanmentos da cuffing season são, geralmente “romances sazonais”.
71% desses namoricos terminam quando chega o verão, onde as pessoas voltam a procurar a tal “liberdade”, e quando já não é precisam o quentinho da lareiras e dos abraços aconchegados que só servem para transpirar.
Não querendo terminar o artigo com uma frase de desânimo, vale a pena referir que o mesmo estudo apurou que 8% dos casos resultam em casamento – por isso, não desanime já, que o frio mal começou (isto anima-o?).