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Este pode ser o rosto de um chefe dos Pictos brutalmente assassinado há 1400 anos

Christopher Rynn / University of Dundee

A reconstrução virtual de 2017 que tornou o “Rosemarkie Man” conhecido

O homem encontrado numa caverna na Escócia, que sofreu uma morte violenta há 1400 anos, pode ter pertencido à realeza ou ter sido um chefe importante dos Pictos.

Segundo o Live Science, o esqueleto deste homem que pertencia aos Pictos, antigos habitantes da Escócia na Idade do Ferro e na época medieval, indica ter tido uma “morte violenta” há cerca de 1.400 anos e os investigadores acreditam que seria da realeza.

Os arqueólogos encontraram os restos mortais numa caverna na Ilha Negra, nas Highlands escocesas, e o esqueleto do homem com cerca de 30 anos estava numa posição estranha: de pernas cruzadas, com pedras a prender os seus membros e o crânio fraturado.

O homem ficou conhecido quando, em 2017, foi publicada uma reconstrução virtual do seu rosto. De acordo com o Telegraph, análises anteriores mostravam que as três primeiras agressões lhe partiram os dentes, fraturaram o maxilar esquerdo e a parte de trás da cabeça, sendo que o quarto e o quinto golpes atravessaram o crânio de um lado ao outro quando já estava deitado no chão.

Agora, uma nova análise indica que este picto, batizado de “Rosemarkie Man”, seria uma pessoa importante na sua comunidade, talvez um membro da realeza ou um chefe. Os resultados da investigação sugerem que tinha uma dieta rica em proteína, o que era raro para pessoas daquela região durante aquele período.

“Era um homem grande e forte — tal como um jogador de râguebi — bem constituído acima da cintura”, afirma Simon Gunn, professor de história urbana da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que estuda os seus restos mortais, ao The Scotsman.

Através da datação por radiocarbono, uma amostra óssea mostra que este homem morreu entre 430 e 630 d.C. e, embora tenha tido uma morte violenta, as pilhas de ossos de animais encontrados perto dos seus restos mortais sugerem que houve uma celebração ou um ritual em homenagem ao seu falecimento.

Além disso, não foram encontradas outras lesões no corpo, sugerindo que não se tratava de um guerreiro ou de alguém que tinha um trabalho árduo, e o enterro na caverna pode ter sido propositado, tratando-se de um local para “entrar no submundo”.

O “Rosemarkie Caves Project” tem analisado uma série de cavernas ao longo da costa da Ilha Negra, sugerindo que foram usadas com algum propósito de há 2.300 anos até ao passado recente.

ZAP //

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