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Chaves vs Benfica | Arrancado a ferros

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O Benfica arrancou “a ferros” o segundo triunfo na Liga NOS, batendo o Chaves por 1-0, com um golo de Seferovic já nos descontos.

A uma primeira parte de ligeiro ascendente do Benfica, mas sem grandes oportunidades, seguiu-se um segundo tempo de domínio completo por parte dos “encarnados”. O guarda-redes Ricardo foi dando conta do recado, mas nada pôde fazer perante o desvio traiçoeiro do suíço, que mantém o Benfica lado a lado com FC Porto, Sporting e Rio Ave.

O Jogo explicado em Números

  • Bom começo de partida por parte da equipa do Benfica, que entrou em campo com o intuito de comandar as incidências. As “águias” chegaram ao primeiro quarto-de-hora já com três remates, um deles enquadrado, enquanto o Chaves ainda nem sequer tinha ameaçado a baliza de Bruno Varela. Salvio mostrava-se muito activo no ataque, com dois passes para finalização e um disparo à baliza.
  • O primeiro aviso do Chaves aconteceu aos 22 minutos, num remate à meia-volta de Thiago Galvão depois de uma brilhante jogada individual de Matheus Pereira, a deixar Eliseu para trás.
  • Volvidos 30 minutos, o Benfica continuava a mandar na partida e já somava sete remates, quatro deles enquadrados, contra apenas dois dos da casa. Ainda assim, havia um aspecto em que os “encarnados” pecavam: os duelos individuais, com apenas 25% de disputas ganhas.
  • As dificuldades sentidas pelo Benfica nos derradeiros 15 minutos da primeira parte acabaram por equilibrar as contas. O Chaves chegou ao intervalo já com cinco disparos (dois à baliza), 46% de posse de bola e quase o dobro de duelos ganhos.
  • O guarda-redes Ricardo liderava os GoalPoint Ratings com nota 7.0, graças às cinco defesas efectuadas, três delas a remates de dentro da área, e a uma saída pelo solo eficaz. Jardel, com 6.1, era o melhor do Benfica, somando quatro duelos aéreos ganhos em cinco disputados, quatro alívios, um remate enquadrado e um fora-de-jogo provocado.
  • A segunda parte arrancou a um ritmo frenético, com duas ocasiões de golo nos primeiros cinco minutos – uma para cada lado. Na primeira, Jorginho obrigou Bruno Varela a uma grande defesa, após um corte falhado de Jardel com a cabeça. Momentos mais tarde, Jonas acertou no poste direito da baliza de Ricardo. Ainda assim, o domínio pertenceu ao Benfica, que fez cinco remates (nenhum deles enquadrado, é certo) e teve 75% de posse e 56% de duelos ganhos nos primeiros 15 minutos.
  • A primeira substituição dos “encarnados”, apenas aos 69 minutos, causou estranheza a muitos. Cervi cedia o seu lugar a Rafa apesar de ser o elemento mais perigoso da sua equipa, com seis passes para finalização. O extremo argentino era seguido por Salvio, com quatro, e por Pizzi, com três.
  • À entrada para os derradeiros dez minutos, o domínio do Benfica era claro: 77% de posse, 12 remates (três enquadrados) e 84% de eficácia de passe. O Chaves remetia-se aos 25 metros à frente da sua baliza, contabilizando apenas 66 passes, contra os 224 do adversário.
  • A partida parecia destinada a terminar sem qualquer golo, mas foi então que surgiu Seferovic, sorrateiro. Pizzi colocou a bola longa nas costas de Pedro Queirós para Rafa, que cruzou rasteiro para o suíço desviar por entre as pernas de Ricardo.
  • Segundo golo no campeonato de Seferovic, que mantém o Benfica em igualdade pontual com os rivais FC Porto e Sporting, e uma recompensa justa pela segunda parte de grande nível das “águias”, que contabilizaram 13 remates e dez cantos, e tiveram 75% de posse.

O Homem do Jogo

Desde cedo se viu que esta era a sua noite. Uma e outra vez Ricardo negou o golo aos jogadores do Benfica, e tudo fazia crer que o guarda-redes iria segurar o “pontinho” para a equipa do Chaves.

Em oito ocasiões, o antigo jogador do FC Porto foi superior ao adversário, sendo que, dessas defesas, seis foram a remates de dentro da área. O golo sofrido já nos descontos, no qual não teve culpa nenhuma, não retira brilho a uma exibição de luxo, que lhe valeu 8.3 nos  GoalPoint Ratings.

Jogadores em foco

  • Cervi 7.1 – Começou algo lento, mas soltou-se com o passar dos minutos. Foi o jogador do Benfica que mais passes para finalização conseguiu (seis), sendo que dois deles resultaram em ocasiões flagrantes. Colocou por seis vezes a bola na área adversária e venceu quatro dos seis duelos que disputou.
  • Nuno André Coelho 6.1 – Exibição de grande nível do experiente central. Contabilizou 14 alívios (mais nove do que o jogador logo abaixo na lista) e três bloqueios de remate, e venceu os três duelos pelo ar em que participou.
  • Seferovic 5.9 – Marcou o golo da vitória mas não se livra de uma exibição cinzenta. Falhou uma ocasião flagrante e enquadrou apenas dois dos seis remates que fez. Pela positiva, conseguiu dois passes para finalização.
  • Eliseu 4.9 – Noite para esquecer do lateral-esquerdo, que falhou quatro desarmes, perdeu a posse dez vezes e somou apenas quatro acções defensivas.
  • William 4.3 – O pior jogador da noite. Não fez qualquer remate, perdeu a bola 14 vezes e controlou-a mal em três ocasiões. Foi ainda apanhado duas vezes em fora-de-jogo.

Resumo

1 Comment

  1. a ferros????? ou a golpe de genio???
    sem mais comentarios…. a ferros foi o 1-0 em arouca ou o 1.0 no lumiar… esses sim.. um ate nem foi a ferros foi a paixao

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