A Fundação Champalimaud anunciou, esta segunda-feira, um prémio de um milhão de euros a atribuir anualmente, e sem limite temporal, vocacionado para a “erradicação do cancro”.
O prémio é atribuído em parceria com o casal de origem espanhola e francesa Maurício e Charlotte Botton, com o qual a instituição mantém uma parceria.
O Botton-Champalimaud Cancer Award vai distinguir trabalhos de investigação básica ou de prática clínica que tenham “grande impacto no controlo e cura” da doença, de acordo com informação divulgada pela fundação.
O projeto comum foi anunciado na presença dos patronos e da rainha Sofia de Espanha, no final de uma reunião do conselho de curadores da Fundação Champalimaud.
A presidente da Fundação, Leonor Beleza, frisou que, para além desta nova parceria, está a ser construído, junto ao edifício principal, um centro dedicado ao cancro do pâncreas, onde será criada uma unidade que investigará e tratará aquela patologia.
“É um dos cancros mais ameaçadores para todos nós. Todos receamos aquela doença que não sabemos nem detetar a tempo, nem tratar como ela necessita. Por ser um desafio tão difícil, decidimos em conjunto que construiremos uma unidade exclusiva para esse fim”.
A nova unidade estará concluída em finais do próximo ano. A inauguração está marcada para 5 de outubro de 2020, tendo o casal Botton doado 50 milhões de euros para a construção e início do funcionamento.
Sobre o prémio anunciado hoje, João Silveira Botelho, administrador da fundação, destacou que se trata de um projeto intemporal, com uma única exceção: “deixará de existir se for descoberta a cura ou controlo de cancro”.
O prémio visa premiar quem investe no tratamento do cancro, mas também “dar esperança às pessoas”, sublinhou o executivo.
“Apesar do crescente conhecimento sobre a biologia da doença e dos avanços na prevenção, diagnóstico e terapia, as mortes por cancro continuam a aumentar na maioria dos países”, justificou a fundação em comunicado distribuído aos jornalistas antes da apresentação.
// Lusa
O negócio do cancro fala muito mais alto do que tudo o resto. Uma “terapia” de morte com 10 sessões custa uma verdadeira fortuna, portanto tirem da ideia que a ciência vai descobrir seja o que for.