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CGD “empurra” reformados para produtos com maior risco

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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai deixar de pagar juros nos pequenos depósitos. A decisão afeta em particular os pequenos aforradores e os reformados.

Uma parte dos clientes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai sofrer um corte drástico nos juros das contas de depósito a prazo. De acordo com o jornal Público, não haverá pagamento de juros sempre que o valor líquido for inferior a um euro, medida aplicada a todos os depositantes em que essa situação se verificar.

Esta decisão afeta, sobretudo, pequenos aforradores e reformados a quem a instituição oferece maior rentabilidade se passarem a integrar as chamadas “contas pacote”, com custos fixos, ou a redirecionar os montantes dos depósitos para fundos de investimentos, planos de poupança reforma ou seguros de capitalização, produtos com maior risco, maior dificuldade de mobilização, e que pagam comissões.

Em causa está o corte de juros em 70%, que abrange os depósitos de taxa fixa Caixapoupança Reformado, Caixapoupança Emigrante e Caixapoupança Superior. Nestes depósitos, os juros pagos semestralmente passam de 0,05% para 0,015% a partir de 1 de agosto.

Em resposta ao diário, a instituição bancária explicou que “a Caixa ajusta a oferta de depósitos regularmente, relativamente a prazos disponíveis, condições de acesso, taxas de juro e moedas”. “A evolução das taxas de juro dos depósitos segue em grande medida a evolução das taxas de mercado e dos custos de funding [financiamento] da Caixa.”

Sem revelar o número de clientes que serão diretamente afetados pelo corte de juros, a CGD adianta que tem taxas de juros um pouco mais atrativas para depósitos mais elevados ou para clientes com maior envolvência com o banco.

“Atualmente, a Caixa oferece um Depósito a 1 ano em euros (Depósito Caixa 1 Ano com TANB-Taxa Anual Nominal Bruta de 0,025% para valores a partir de 10 mil euros) e um Depósito a 3 anos em euros (TANB média de 0,037%) exclusivamente para clientes detentores de uma Conta Caixa (solução multiproduto da Caixa que oferece o acesso a um conjunto de produtos e serviços com vantagens para os clientes) ou de cartão de crédito”, avança a instituição.

A Caixa sustenta ainda que “oferece outros produtos de investimento e poupança, para além de contas a prazo e poupança, nomeadamente Fundos de Investimento e de Pensões, Seguros Financeiros e PPR”.

ZAP //

14 Comments

    • fechamos num banco e abrimos noutro. nao vê que em todos os bancos a bitola é igual?
      em todos pagamos comissoes, taxas e taxinhas.
      ate viram uma maneira de lucra com que faz tudo pela mbway (os banco ja viram o furo e começaram a cobrar as transferencias

      obrigam-nos a termos conta bancaria e depois cobram-nos tudo porque queremos mexer no nosso dinheiro
      querem recuperar o dinheiro perdido, mas nao recusaram os premios de cerca 635mil euros. também nao dizem que vao baixar para o ordenado igual ao do 1ºM ou PR

  1. Decisão inaceitável para se pretender reestruturar um banco público à custa de reter esmolas em favor da CGD de quem deposita algumas das suas economias.
    Isto é o contrário de quem pretende aforrar . O desincentivo é tal que muitas destas pessoas irão para outros bancos que lhes deem melhores garantias. A partir do momento em que se vislumbram medidas tão drásticas, além de outras que já foram tomadas como o fecho de agências espalhadas pelo país , qualquer pessoa ,depreende , que as coisas não estão nada bem .
    Qualquer governo que se preza não pode deixar passar medidas que não interessam às pessoas e que fazem que se afastem duma instituição que lhe merecia a maior confiança.

  2. Hoje os Bancos pelos vistos existem para alimentar amigos de “confiança” e os pequenos aforradores para além de terem de alimentar tudo isso ainda correm o risco de ficarem sem as suas escassas economias, vindo este exemplo de um Banco público nada mal para a credibilidade da causa pública.

  3. Depois de mais de trinta anos na CGD, com a escandaleira das custas de manutenção de conta e outras, passei para o Banco CTT e disso passo palavra.

  4. Mas isso é normal deixam de pagar uns juros miseraveis, para darem milhoes a esses bandos de corruptos, de ladroes

  5. Dizem os privativos : Ó morcego manda um torpedo que deite isso tudo abaixo- Estás a fazer bem. É menos um cãocorrente. O Parcos Corvelho agradece-te .
    O Gespar dos opostos também te vai agradecer.A governação apoia-te com unhas e dentes.
    Continua no teu caminho que estás certo.

  6. Se alguém levanta a voz contra atrocidades cometidas pelo gestor é o BE.
    Os trunfos do sujeito é afastar clientes porque lhe vai aos bolsos.
    Já na saúde foi o que foi .
    Quer transformar um banco público em quê? Esta instituição não é menos importante do que outras que estão a ser investigadas.
    Esqueça as ideias retrógradas do antigo que mandava em si.
    Pagam juros miseráveis . O governo recapitaliza com milhões e milhões devido às atrocidades de sucessivas gerências que a degradaram . Dada a situação em que a CGD se encontra não se justifica que os responsáveis sejam pagos com ordenados milionários acrescentando mais uma despesa desnecessária. Este lugar é para ser de concurso e não ocupado por decisão do governo que apenas tem contribuído para a sua possível falência. As consequências de tudo isto são a recapitalização do Estado com o nosso dinheiro, juros miseráveis, fecho de agências que dificultam a vida das pessoas e mais medidas restritivas pensando que são os donos e que tudo é permitido. Não é à custa dos clientes que se vai pôr de pé uma instituição que foi maltratada durante anos .
    Esta situação não melhorou e apela-se ao Governo que as responsabilidades sejam devidamente apuradas e fazer com que estas anomalias sejam regularizadas .

  7. A CGD é um banco público em que os nossos impostos fazem com que essa instituição exista. A sua clientela merece o maior respeito e condições mais favoráveis do que os outros bancos. A CGD tem que ter lucros ,credível e confiante , mas não pode impor medidas restritivas que só sirvam para afastar as pessoas. Com o decorrer dos anos as respetivas gerências foram degradando esta instituição , cujos Governos não apuraram responsabilidades, permitindo que o desenrolar dos maus resultados se desenrolassem de forma silenciosa.
    Mesmo no tempo do Passos a vontade de venda era muita ,mas felizmente não se concretizou.A Fidelidade que fazia parte da CGD não escapou à privatização. Os lucros que revertiam para Portugal vão todos para os estrangeiros.

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