Caixa Geral de Depósitos aumenta lucros em 46%

António Cotrim / Lusa

Paulo Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 282,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, o que compara com os 194 milhões de euros registados no mesmo período de 2019, divulgou esta terça-feira o banco.

O valor registado neste semestre corresponde a um aumento de 46% face ao período homólogo do ano passado. De acordo com o comunicado do banco, a atividade em Portugal gerou um lucro de 196,5 milhões de euros no primeiro semestre, o que compara com 118,7 milhões no mesmo período do ano passado.

Durante o mesmo período, a Caixa reduziu o número de trabalhadores em 172 no primeiro semestre. A CGD tem estado num processo de redução de trabalhadores desde que foi recapitalizada e negociou o plano de reestruturação com a Comissão Europeia.

Em maio, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, disse que em termos líquidos (saídas-contratações) a expectativa para este ano é que saiam cerca de 570 pessoas (entre pré-reformas, rescisões por mútuo acordo e não renovação de contratos a termo).

Os dados divulgados esta terça-feira indicam que, até junho, já tinham saído 172 funcionários, uma vez que a CGD tinha 7503 funcionários em Portugal no final de junho, face aos 7675 de final de 2018. Já em agências, a redução foi de duas neste semestre, tendo o banco público 520 agências em junho.

No âmbito do processo de recapitalização acordada em 2016 com a Comissão Europeia, de quase 5000 milhões de euros (dos quais 2500 milhões de injeção direta do Estado), a CGD iniciou um processo de reestruturação que incluía a saída de 2200 trabalhadores até 2020 (isto depois das centenas que já tinham saído nos anos anteriores).

O banco iniciou, então, processos de saída por acordo, com pagamento de indemnizações, tendo saído 547 pessoas em 2017 e 646 trabalhadores em 2018. Contudo, terão de continuar a sair centenas de trabalhadores este ano e no próximo para cumprir os objetivos acordados com Bruxelas.

// Lusa

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