O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, explicou, esta segunda-feira, que está a ser estudado “um conjunto de recomendações” para viajar sem restrições no verão, incluindo um certificado de imunidade ao coronavírus ou um teste rápido.
“Para retomar uma vida quase normal e social são necessárias duas coisas: passar por esta fase e respeitar os comportamentos sociais para evitar a contaminação, e dar, a quem quiser deslocar-se, garantias de que não é portador do vírus, para si e para outros“, disse Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno, na TV BFM.
Thierry Breton, que reconheceu que as autoridades do turismo em vários países europeus estão a pedir medidas para permitir viagens, disse que se estuda a possibilidade de emissão de um certificado.
A segunda condição é que existam testes rápidos “fiáveis e tão precisos quanto possível”, para os quais as autoridades estão a trabalhar e a refletir em conjunto com os cientistas, para que sejam produzidos testes “rapidamente e em abundância”.
“Quando se entrar num avião, ou se faz um teste rápido ou se mostra um certificado de imunidade”, disse Thierry Breton, observando que as companhias aéreas também estão à procura de soluções.
O comissário francês, que chefia um grupo de trabalho sobre a produção de vacinas na União Europeia desde a semana passada, explicou que a falta de vacinas na Europa se deve à produção.
“Temos três vacinas licenciadas, mais duas nas próximas semanas. Em menos de um ano, teremos cinco vacinas que funcionam, é uma conquista científica. O problema é a produção, temos de aumentar a potência das nossas ferramentas industriais”, afirmou.
A solução não será construir novas fábricas, o que pode demorar cerca de cinco anos, mas reforçar o apoio das que já existem, uma dúzia na União Europeia e na Suíça.
Segundo Thierry Breton, o seu objetivo é que, até ao final do verão, todos os cidadãos da União Europeia que pretendam ser vacinados possam fazê-lo. “Temos de nos tornar o primeiro continente em produção de vacinas em 18 meses”, afirmou.
// Lusa
Coronavírus / Covid-19
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