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Certificado Digital abre a porta a espetáculos (e permite que emigrantes viagem para Portugal no verão)

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Além de permitir deslocações entre os estados membros da União Europeia, o Certificado Digital de vacinação também serve, desde sexta-feira, de “passaporte” para entrar em restaurantes ou eventos.

Na Alemanha e no Luxemburgo, por exemplo, só é possível almoçar ou jantar fora com um teste negativo à covid-19, relata o jornal O Novo.

Em Portugal, desta sexta-feira em diante, o documento vai substituir a apresentação do teste negativo em casamentos, batizados e espetáculos com mais de 500 pessoas em espaços fechados e mil, ao ar livre.

Para viajar dentro da União Europeia — e para Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça — sem restrições adicionais e quarentenas, o certificado só começará a ser utilizado a partir de dia 1 de julho.

Emigrantes “podem viajar” com passe sanitário

Além disso, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, incentiva os emigrantes e lusodescendentes que queiram passar férias em Portugal no verão a vacinarem-se antes.

Em declarações à agência Lusa, Berta Nunes, disse que o certificado digital poderá vir a ser usado em restaurantes e outros locais.

“O certificado digital vai fazer a diferença. Pessoas que estejam vacinadas vão poder viajar sem fazerem teste e isso é muito importante porque fazer teste tem um custo acrescido. Quem se vacinar vai poder viajar para Portugal sem fazer teste nem quarentena“, afirmou Berta Nunes.

A secretária de Estado esteve este sábado em Paris para participar na conferência “Portugal Positivo”, organizada pelo grupo Bom Dia, meio de comunicação social direcionado para a diáspora portuguesa, sendo a primeira deslocação oficial da governante a França depois do início da pandemia.

Questionada pela agência Lusa, Berta Nunes, que é também médica, incentiva quem quiser passar as férias de verão em Portugal, reforçando que as novas restrições em vigor devido ao aumento de contágio da variante delta não se aplicam a quem já está completamente vacinado.

“Em Portugal, em relação às restrições, elas não se aplicam às pessoas que já estão vacinadas ou quem tenha certificado de recuperação ou teste. Isso vai permitir maior mobilidade”, garantiu.

Num futuro próximo, e para que quem vá de férias a Portugal possa usufruir plenamente do país, Berta Nunes antecipa que o certificado sanitário digital se deve alargar a outros espaços como restaurantes, praias ou eventos.

“O passe sanitário começou a ser usado na mobilidade dentro do país, mas a expectativa é que possa ser usado para as pessoas poderem ir aos restaurantes mesmo em áreas em que há alguns casos e que é preciso criar mais restrições”, sublinhou.

Berta Nunes espera que as medidas atualmente em vigor na região de Lisboa, Sesimbra e Albufeira sirvam para controlar o número de casos, permitindo férias de verão para todos.

“Mesmo se agora estamos a ter um aumento de casos, que esperamos que sejam controlados pelas medidas que estão a ser tomadas e pela vacinação, a minha mensagem é: podem vir a Portugal se estiverem vacinados, recuperados da infeção ou terão de fazer teste”, concluiu.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Não sendo formado na área, perguntaria se uma medida destas em que para entrar num restaurante ou outros serviços seja necessário estar completamente vacinado, não viola direitos básicos da constituição.

    Eu sou vacinado, os meus filhos não, e não podem ser.
    Não está esta lei a discriminar e a criar portugueses de primeira e de segunda?

    Por outro lado a vacina não é obrigatório, como tal a aberturas de este certificado a cafés, Restaurantes e muito possivelmente lojas vai limitar a vida a essas pessoas criando restrições a direitos e liberdades de alguns.

    Já sei que muitos vão estar tentados a responder de com ironia que estamos numa pandemia e etc… mas isso não muda o facto de que estamos a discriminar quem não tenha vacina (por impossibilidade como nos de menos 35 ou opção).
    A vacina não é obrigatória porque seria uma violação de direitos consagrados na constituição, logo não podemos descriminar quem por opção não toma a vacina.

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