Cerimónia do 25 de Abril contará com 65 deputados

Mário Cruz / Lusa

No sábado, estarão presentes no Parlamento para as celebrações do 25 de abril, no máximo, 65 deputados, e não 77 como tinha sido estipulado.

Apesar de o CDS, PAN, IL e Chega terem votado contra, o Parlamento vai realizar a habitual sessão solene do 25 de abril, ainda que em versão reduzida. Os grupos parlamentares decidiram reduzir o número de deputados que vão convocar, para que as distâncias de segurança sejam respeitadas, numa altura em que as recomendações pedem que se limite os contactos presenciais.

Assim, segundo as contas do Expresso, estarão no hemiciclo 65 deputados, e não 77 como tinha ficado estipulado em conferência de líderes.

Segundo a regra que impõe que apenas um terço dos deputados esteja presente, o PS, com 108 lugares, teria direito a usar 36. No entanto, o semanário avança que só estarão presentes 22 socialistas.

O CDS também usará apenas um quinto da sua representação, o que, neste caso, significa apenas um deputado. O deputado ainda não está escolhido, mas sabe-se que não será o presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, que já admitiu que não marcará presença em protesto com a decisão de manter presencialmente a cerimónia.

No PSD foi dada primazia aos estreantes e já estão escolhidos os 27 parlamentares (um terço do total da bancada) que marcarão presença no hemiciclo. O Bloco de Esquerda sentará seis parlamentares na bancada e o PCP usará quatro lugares, perto de um terço dos seus dez.

Do PEV só estará presente o deputado José Luís Ferreira e nas bancadas de deputado único todos marcarão presença – o que não significa que todos concordem com a cerimónia. André Ventura estará no Parlamento, mas em protesto.

O somatório total de possíveis lugares preenchidos dá um máximo de 65, menos do que os 77 permitidos. Haverá ainda lugar para os convidados que, de acordo com o jornal Público, não devem chegar aos 40. Assim, o número total está mais perto da centena do que dos 130 inicialmente previstos.