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CEO da Galp investigado após denúncia interna de relação secreta com diretora

Galp

Filipe Silva, CEO da Galp

A Comissão de Ética e Conduta da Galp está a investigar uma denúncia anónima sobre o relacionamento, mantido em segredo, com uma diretora superior, que pode configurar conflito de interesse. O caso pode conduzir à demissão do CEO.

O CEO da Galp, Filipe Silva, está a ser investigado pela Comissão de Ética e Conduta da empresa, na sequência de uma denúncia anónima acerca do seu relacionamento com uma diretora superior da petrolífera, revela o jornal ECO.

Segundo o jornal, está em causa um eventual conflito de interesses, uma vez que a diretora em causa depende hierarquicamente do CEO.

Inquirido por escrito pelo ECO, Filipe Silva, antigo Diretor Financeiro da Galp, que há um ano substituiu Andy Brown como CEO, confirma ter tido conhecimento da denúncia, mas não do seu teor. “Assim que tiver conhecimento dela, apenas a discutirei com a Comissão de Ética“, diz.

O Código de Conduta da Galp explicita que “um conflito de interesses surge quando os nossos interesses pessoais, sejam eles financeiros, profissionais, familiares, políticos ou outros, ou os interesses de alguém com quem temos relacionamento próximo, influenciam ou podem ser percecionados como influenciadores do exercício objetivo dos nossos deveres e responsabilidades profissionais”.

Questionado também por escrito pelo ECO, a presidente do Conselho de Administração da Galp, Paula Amorim, escusou-se a confirmar se o CEO tinha “comunicado alguma relação próxima e pessoal com uma diretora, ou se esse relacionamento tinha posto em causa a integridade das decisões da comissão executiva”.

“A Presidente do Conselho de Administração reitera o compromisso da Galp no cumprimento do Código de Ética e Conduta, atuando por isso, sempre que aplicável e nos termos das disposições legais e estatutárias”, respondeu Paula Amorim.

A Amorim Energia é o principal acionista da Galp, com 36,7% das ações. A Parpública, sociedade gestora de participações sociais do Estado, é a segunda maior acionista, com uma participação de 8,2% no capital da petrolífera.

Também questionado pelo ECO sobre o alegado caso, Tito Arantes Fontes, presidente da Comissão de Ética e Conduta, não confirmou nem desmentiu a denúncia. “Existem diversas denúncias anónimas, mais ainda numa multinacional como a Galp, e por isso não confirmo nem desminto a existência dessa denúncia“.

No Código de Conduta da petrolífera não há nenhuma referência explícita a situações de relacionamentos próximos e pessoais, nem se estes devem ser comunicados. No entanto, de acordo com uma fonte contactada pelo ECO, os resultados da investigação poderão mesmo ditar a demissão de Filipe Silva.

ZAP //

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