“Intriga e boatos”. CEO acusa Marcelo de se “imiscuir” nos negócios da Global Media

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ppdpsd / Flickr

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O diretor-executivo da Global Media considera que Marcelo Rebelo de Sousa se “imiscuiu de forma insólita” em todo o processo em redor da entrada do investimento do World Opportuny Fundo, que detém agora 50,25% da empresa e 22,35% da agência Lusa.

O CEO da Global Media, José Paulo Fafe, acusa o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de interferir indevidamente no processo de investimento do World Opportuny Fund (WOF) na Global Media.

Segundo o gestor, Marcelo ter-se-á envolvido de forma insólita e gerado intrigas sobre o negócio, do qual resultou a aquisição de uma participação significativa do WOF na Global Media e na agência Lusa.

“O interesse excessivo do Presidente da República em todo este processo é, no mínimo, estranho — e eu estou à vontade para dizê-lo, até porque já lho disse pessoalmente”, diz José Paulo Fafe, CEO do Global Media Group, em carta enviada ao jornal Eco.

“Um dia havemos todos de perceber qual a razão que levou o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa a imiscuir-se, da forma insólita como o fez, em todo o processo em redor da entrada do fundo no capital do Global Media”, acrescenta José Paulo Fafe.

“Haveremos de perceber o que, de facto, o terá levado a ser uma das principais pessoas que, nos últimos meses, mais contribuiu para fomentar a intriga em redor do negócio, criando e veiculando boatos sobre o fundo, exercendo pressões, e tentando condicionar até algumas mudanças a nível editorial”, nota o gestor.

Segundo José Paulo Fafe, o presidente terá “alinhado numa campanha inqualificável contra um investidor que, ao invés do que ocorre no setor, se dispôs a investir fortemente nos media portugueses”.

Em declarações ao Correio da Manhã, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou-se “surpreendido” e diz não ter conhecimento da compra da participação da Global Media na Lusa.

Atualmente, o Estado possui 50,15% da Lusa, enquanto a Global Media detém 23,36% e a Páginas Civilizadas 22,35%. O fundo suíço Union Capital Group controla 51% do capital da Páginas Civilizadas, a qual detém 41,5% da Global Media.

O Governo pretendia adquirir a participação da Global Media na Lusa, apesar da posição contrária do PSD e da alegada falta de conhecimento de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o negócio.

No entanto, sem um “compromisso político alargado” para a compra das participações de 45,7% na Lusa, o Governo recuou nesta intenção, considerando que deixam de estar “reunidas as condições para concluir a operação”.

“No momento atual, não existindo um consenso político alargado, a operação revelou-se inviável. Caberá ao próximo Governo assumir as suas responsabilidades”, refere  nota do Governo enviada às redações.

Salários em atraso e despedimentos

Os salários deste mês não foram pagos esta quinta-feira, último dia do mês, por “impossibilidade de acesso à banca nacional”, diz a administração da Global Media em comunicado enviado ao final da tarde aos trabalhadores, a que o jornal ECO teve acesso.

“Devido à gravíssima situação financeira com que se debate o Global Media Group, com a acumulação de elevados prejuízos e a existência de um total défice de tesouraria, o pagamento atempado dos salários no último ano só foi possível devido a transferências feitas pelo acionista Marco Galinha“, detalha a nota.

A administração do grupo comunicou recentemente aos delegados sindicais a intenção de proceder ao despedimento de cerca de 150 pessoas, justificado com a necessidade de “contrariar uma situação financeira muito complicada“.

Estarão em causa 56 trabalhadores dos serviços partilhados e setor comercial, 40 da redação do Jornal de Notícias, 30 da TSF e um número ainda por definir do desportivo O Jogo.

Segundo o Observador, o Diário de Notícias, que recentemente mudou de direção e reforçou a sua reduzida redação de pouco mais de 20 pessoas com um novo chefe de redação, um grande repórter e três jornalistas, parece ficar a salvo nos cortes editoriais.

Esta semana, a redação do JN criou uma petição pública com o objetivo de alertar para as consequências do despedimento coletivo no jornal, que entre a sede no Porto e a delegação de Lisboa tem cerca de 90 profissionais.

“Um corte desta dimensão será a morte do JN como o conhecemos e a destruição da ligação centenária às pessoas, às instituições e aos territórios”, lê-se no texto da petição.

ZAP //

2 Comments

  1. O Marcelo já há muito que é só jogo. Procurem na OPUS DAY. Vejam que relação tem ele com os fundos comunitários despejados em Torres Vedras na empresa NORAS PERFORMANCE. vejam quem está envolvido no negocio duma empresa fraudulenta criada para arrancar fundos à europa. procurem pela Fundação Jorge Noras, procurem pelo Padre Victor Melicias, procurem por quem atribui os fundos a esta empresa e como foram atribuídos, procurem por o filho de um deputado do parlamento europeu (PS) e vão encontra uma teia de gente sem escrúpulos. Procurem pelo Ferrari do Jorge Noras, procurem pela quinta dele, procurem como financiaram uma fabrica já construída anteriormente, procurem pelo construtor que se negou à fantochada de construir a fabrica passando facturas falsas. Perguntei a ele com tudo foi construído que ele sabe. Chamem a policia judiciaria e levem Marcelo de aqui para fora. Vale mais cair em graça que ser engraçado. Cambada de filhas da mãe que ficaram a dever dinheiro a tanta gente e tanta gente foi prejudicada e mal tratada. Foram milhões e milhões de euros enterrados numa empresa que nunca foi nada. Perguntem ao comandante das vacinas porque se afastou deste negocio quando se apercebeu da pocilga que o estavam a envolver. O Marcelo é uma fraude e está enceradinho de interesses para a OPOUS DAY.

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