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Centros de explicações com menos procura. Época de exames nacionais arranca hoje

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A procura por centros de explicação para a preparação dos exames nacionais continua a ser inferior àquela que existia até 2019, pré-covid.

As típicas corridas aos centros de explicações na altura dos exames nacionais – que arrancam esta sexta-feira para o 12.º ano de escolaridade, com a prova de Português – têm vindo a diminuir, desde o início da pandemia de covid-19.

De acordo com o Jornal de Notícias, a razão para essa redução prender-se-á com o facto de os alunos, atualmente, só terem que fazer exame às disciplinas que vão usar como prova de ingresso no acesso ao Ensino Superior.

“Desde há um mês, notámos, como sempre, um aumento da procura por explicações para preparação de exame. Mas o número de alunos continua inferior ao que tínhamos, por esta altura, nos anos anteriores à pandemia”, disse Márcia Pereira, proprietária do Caderno Diário, em Santo Tirso, em declarações ao diário.

O facto de as notas “terem sido inflacionadas, ao longo do ano” faz com que, em seu entender, os alunos se sintam mais confiantes. Por outro lado, “os que vão para a universidade só fazem um exame e os que não vão nem um têm que fazer”, o que “diminui, automaticamente, a procura”, sublinha.

José Carlos Ramos, diretor de franchising da Explicolândia, também afirma que apesar de, em junho, os centros terem sentido “um acréscimo de 20% no número de alunos para preparação de exame, em relação ao mesmo mês de anos anteriores”, a procura “está abaixo dos valores pré-pandemia”.

“Notamos uma alteração no perfil dos alunos, com uma maior procura por parte de alunos do ensino profissional e por parte de candidatos ao concurso para maiores de 23 anos”, disse ao JN.

Exames nacionais começam hoje

O exame do secundário de Português, o segundo com maior número de alunos inscritos (41 mil estudantes do 12.º), marca esta sexta-feira o arranque de mais uma época de provas nacionais, escreve o Expresso.

Ao todo, são 151.863 os alunos do secundário inscritos para os exames do 11.º e do 12.º anos. A grande maioria (81%) fará os exames para efeitos do acesso ao ensino superior, mas há ainda 12% de estudantes a repetirem exames para tentar melhorar a nota e 8% que precisam para aprovação, por terem anulado ou chumbado à respetiva disciplina.

A prova de Biologia e Geologia, com 42 mil inscritos, é a mais procurada, seguindo-se Português, Matemática A (39.400) e Física e Química A (38.400).

A 1.ª fase dos exames decorre entre 2 e 16 de julho e os resultados são afixados a 2 de agosto. A candidatura ao concurso nacional de acesso ao Ensino Superior acontece até dia 20 do mesmo mês.

Este ano, os alunos voltam a fazer exames apenas para ingresso no Ensino Superior e não para conclusão do Secundário, mas há uma mudança que foi imposta pelo Parlamento: a possibilidade de fazerem melhorias de nota.

As melhorias vão contar apenas para a média de ingresso no Superior e vão substituir as notas atribuídas pelas escolas se a classificação da prova for superior.

O modelo de prova manterá um conjunto de perguntas opcionais, mas em menor número e com menos peso na classificação final, segundo o semanário.

Foi esta a forma que o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) encontrou para atenuar os impactos de mais um ensino letivo parcialmente à distância, evitando, por outro lado, o disparar de resultados que se verificou no ano passado.

ZAP //

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