O secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, disse que é possível “fechar em segurança” a central a carvão da EDP em Sines, faltando, contudo, a linha de alta-tensão da REN para sul, que deverá estar pronta em 2022.
Com essa linha, as novas centrais solares podem ligar-se à rede e produzir eletricidade de origem renovável.
“Para termos as condições plenas de segurança é preciso a construção da linha de alta-tensão Ferreira do Alentejo-Tavira que estamos, juntamente com a REN, a assegurar que estará pronta em tempo devido. Mas estamos neste momento com a segurança suficiente para fechar Sines com os ganhos ambientais que daí advêm sem pôr em risco a estabilidade de rede e a segurança de abastecimento”, disse ao ECO/Capital Verde.
O fecho da central dependia da entrada em funcionamento das três barragens que a Iberdrola está a construir no Alto Tâmega e a construção de uma nova linha de eletricidade entre Ferreira do Alentejo e o Algarve, ambos os projetos ainda por concluir.
“Temos trabalhado com a REN e com a ERSE nos últimos meses para assegurar que as condições que permitem o encerramento estão no terreno e temos já hoje essas garantias. Entre a mobilização de um conjunto de cogerações e de outras medidas mitigadoras de riscos, podemos encerrar Sines mantendo os padrões de risco a que estamos obrigados no sistema elétrico nacional”, sublinhou Galamba.
“O carvão, a partir do momento em que começou a deixar de ter as isenções fiscais que tinha, perdeu competitividade e saiu do mercado. Antes de autorizar o encerramento tivemos de verificar que era possível e que não punha em causa nem a segurança de abastecimento nem a estabilidade da rede”, apontou ainda.