Polícia proibiu na semana passada uma mulher de amamentar o filho de nove meses numa praça, situação que motivou o protesto de centenas de mulheres no passado sábado.
Centenas de mulheres na Argentina amamentaram os filhos em locais públicos no passado sábado, incluindo apresentadoras de televisão em emissões em direto, num protesto por a polícia ter proibido uma mãe de o fazer numa praça na semana passada.
O apelo à amamentação em público no sábado teve resposta em diversas cidades do país, segundo relatam os meios de comunicação social argentinos.
O protesto surgiu depois de na semana passada duas mulheres polícias terem proibido uma mãe de amamentar o filho de nove meses numa praça da localidade de San Isidro, a 20 quilómetros de Buenos Aires.
Em San Isidro, 50 mulheres amamentaram os filhos e centenas de pessoas manifestaram-se a seu lado para reivindicar o direito à amamentação em locais públicos.
“Lamentavelmente, a polícia não tem uma formação muito boa. Foram formados para a repressão e não para a prevenção e a segurança da sociedade. É preciso mudar isto e este gesto é maravilhoso”, disse o prémio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquível, citado por meios de comunicação social locais.
A Unicef (agência das Nações Unidas para a infância) na Argentina somou-se à causa e publicou uma mensagem na rede social Twitter em que afirma que “Estado, equipas de saúde, família e comunidade devem promover iniciativas para defender a amamentação”, que sublinha ser “um direito fundamental”.
Numa televisão local as apresentadoras da estação amamentaram os filhos em direto e nas redes sociais milhares de mulheres publicaram fotografias a alimentarem as suas crianças.
/Lusa
A maldade está na cabeça de cada um que possa ver na amamentação um acto com algum cariz que não seja o evidente, o de alimentar um filho.
É uma coisa bela e de louvar, e quem deve ser banido das praças é quem tem os pensamentos sujos e doentes e não sabe comportar-se em sociedade.
Será que os legisladores argentinos também estão a preparar alguma lei que proíba as mães de parir os filhos pela vagina?