Francisco Rodrigues dos Santos ponderou, depois de saber que não ia a votos em coligação com o PSD, formar uma aliança com partidos mais pequenos de direita.
Depois do PSD ter anunciado que não ia formar uma coligação pré-eleitoral com o CDS, o líder dos centristas tentou aliar-se a outros partidos mais pequenos, como o PPM, o MPT, a Aliança e o Nós, Cidadãos.
A candidatura chamar-se-ia “Aliança de Direita“, numa referência à Aliança Democrática de Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Telles.
Segundo avança o Observador, as negociações não foram a lado nenhum e Francisco Rodrigues dos Santos decidiu avançar para as eleições sozinho. Rio tinha deixado a porta aberta a uma aliança com o CDS, mas a oposição interna fez com que o PSD acabasse por ir a votos sem coligações, depois da maioria dos dirigentes do partido se ter oposto à ideia quando esta foi debatida na Comissão Política Nacional.
Apenas um dia depois de conhecer a decisão do PSD, o líder do CDS contactou os líderes do PPM, Aliança, MPT e Nós, Cidadãos para saber em que ponto estava a possibilidade de criar a “Aliança de Direita”. O Chega ou a Iniciativa Liberal nunca estiveram em cima da mesa.
Os representantes partidários foram convocados para o quartel-general do CDS para serem conhecidas as condições que impunham, tendo as reuniões sido lideradas por Luís Machado, secretário-geral adjunto de Rodrigues dos Santos.
A ausência do presidente do CDS das reuniões azedou logo as conversas com o Nós, Cidadãos, já que quando Joaquim Rocha Afonso chegou à sede do CDS e soube que Rodrigues dos Santos não ia estar presente, nem sequer aceitou sentar-se à mesa.
O líder do CDS também nunca esteve muito empolgado com a possibilidade de se aliar ao MPT, já que este tinha um pré-acordo com a Alternativa Democrática Nacional (ADN), sucessor do PDR e força política liderada por Bruno Fialho, que representou o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas durante a polémica greve.
As exigências da Aliança também eram demais para o CDS, já que o partido exigia ter o terceiro lugar na lista de deputados em Lisboa. Francisco Rodrigues dos Santos terá também posto em causa a preparação burocrática das estruturas destes partidos para o processo de candidatura com as legislativas já à porta.
Assim, menos de um dia depois de ter começado a falar com os partidos, o CDS informou-os que iria a votos sozinho e que a “Aliança de Direita” não ia avançar.
O chiquinho para não perder o “tacho”, sabendo que o seu partido irá ser pulverizado nas próximas eleições, até se aliava ao diabo se fosse preciso, para manter a fachada de um partido a sôro e à espera da extrema-unção !