O número de casos suspeitos de sarampo na região de Lisboa e Vale do Tejo subiu para 24, de acordo com o balanço atualizado da Direção-Geral de Saúde (DGS), divulgado nesta sexta-feira em comunicado.
“Dos casos reportados, 15 foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, oito encontram-se em investigação e um teve resultado negativo para sarampo. Dos casos confirmados, 13 são adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável, e dois são crianças”, lê-se no comunicado.
Estes casos, segundo a DGS, “configuram a existência de dois surtos distintos, ambos com origem em casos de doença importados de países europeus”.
Este é, para já, um surto menor do que aquele detetado em fevereiro deste ano. Desse período até junho foram confirmados 112 casos de sarampo, 107 dos quais em residentes na região Norte, dois na região Centro e três na região de Lisboa e Vale do Tejo.
O surto do início do ano não tinha as características de um surto clássico. A população afetada por este surto estava vacinada e por isso tinha a doença “muito modificada, muito ténue, com um risco quase zero de transmissão”, explicou a diretora-geral da Saúde,
Em abril de 2017, a morte de uma jovem aos 17 anos, na sequência de uma pneumonia bilateral, foi a primeira em muitos anos provocada pelo sarampo. A adolescente não estava vacinada.
A doença, que estava praticamente erradicada em Portugal desde 1994 e cuja eliminação tinha sido reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Verão de 2016, está agora a reaparecer na Europa, devido aos pais que optam por não vacinar as crianças.
Apesar de existirem alguns “movimentos de hesitação”, nas palavras de Graça Freitas, Portugal é um dos países europeus com maior taxa de vacinação com duas doses.
// Lusa